Levantamento aponta que 15 das 26 capitais brasileiras enfrentam falhas nas estações meteorológicas automáticas, comprometendo a precisão das previsões climáticas. O Inmet planeja reestruturar a rede de monitoramento.
O Brasil enfrenta sérios desafios na coleta de dados meteorológicos, com uma rede de estações automáticas que apresenta uma taxa de pane média de 22,4% das horas de operação. Isso significa que, em média, a cada cinco horas, as estações deixam de captar dados por uma hora. Um levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revelou que 15 das 26 capitais brasileiras, incluindo Aracaju e Recife, têm problemas significativos em suas estações automáticas, comprometendo a precisão das previsões climáticas.
As estações mais antigas, com cerca de 25 anos de operação, são as mais afetadas, apresentando panes em quase 30% do tempo. A análise indica que das 564 estações automáticas em operação, 497 (88,1%) têm mais de dez anos. Nos últimos cinco anos, apenas três novas estações foram instaladas, e nenhuma nos últimos dois anos. O período de maior expansão da rede ocorreu entre 2006 e 2008, quando foram implementadas 347 estações.
Especialistas alertam que as condições climáticas adversas, como chuva e vento forte, desgastam os equipamentos, mas o índice atual de falhas compromete a confiabilidade dos dados. O professor Ricardo de Camargo, da Universidade de São Paulo (USP), destaca que a falta de dados precisos impede a construção de modelos de previsão eficazes, especialmente em um cenário de emergência climática.
Além disso, a distribuição geográfica das estações é desigual, com áreas como a Amazônia Legal apresentando escassez de monitoramento. O estado do Amazonas, por exemplo, possui apenas 19 estações, o que é insuficiente para um território tão vasto. A falta de dados consistentes também prejudica estudos de longo prazo, dificultando a comparação com dados históricos.
Embora os dados de satélites possam ajudar a preencher algumas lacunas, o Brasil ainda depende de informações de satélites estrangeiros. O país planeja desenvolver seu primeiro satélite meteorológico geoestacionário, mas isso ocorrerá com um atraso significativo em relação a outros países, como os Estados Unidos, que já possuem tecnologia avançada nesse setor.
Nos últimos anos, o Inmet enfrentou cortes orçamentários que impactaram a manutenção de suas estações. Em 2023, o orçamento foi reduzido para quase a metade do que era em 2020. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou um plano de reestruturação do Inmet, com um investimento de R$ 200 milhões para modernizar a infraestrutura. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que melhorem a coleta de dados meteorológicos e, assim, garantir previsões mais precisas e confiáveis.
Entre 2023 e 2024, o Matopiba desmatrou 1,38 milhão de hectares, representando 75% do desmatamento do cerrado, com grande parte das áreas autorizadas, mas sem critérios rigorosos. O desmatamento no Matopiba, região que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, levanta preocupações sobre a falta de critérios rigorosos para as autorizações, apesar de ser legalizado.
Barragem de Panelas II, em Pernambuco, recebe R$ 11,5 milhões para conclusão, com previsão de término em junho de 2024. A obra beneficiará mais de 200 mil pessoas e reforçará a segurança hídrica na região.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em Bragança, Pará, devido a um derramamento de óleo no Rio Caeté, permitindo acesso a recursos federais para assistência. A cidade, que já enfrenta 58 reconhecimentos de emergência, agora pode solicitar apoio para ações de defesa civil, como fornecimento de alimentos e kits de limpeza.
Uma nova mancha de poluição foi identificada no mar da Barra da Tijuca, classificada como um "filme de terror ambiental" por Mário Moscatelli, que atribui a situação ao crescimento urbano desordenado e à falta de saneamento.
Subhra Bhattacharjee, nova diretora-geral do FSC, destaca desafios e a COP30. A certificação florestal é crucial para combater o desmatamento e proteger comunidades.
Censo Escolar revela que estados da Amazônia, como Acre e Amazonas, têm baixa oferta de educação ambiental. Em 2024, MEC atualiza política e aprova financiamento para ações nas escolas.