A exploração de petróleo na Foz do Amazonas avança, apesar das preocupações com o colapso ecológico e os impactos na pesca artesanal. O Ibama aprovou o plano de emergência da Petrobras, mas os encalhes de mamíferos marinhos aumentam.

A exploração de petróleo na Foz do Amazonas enfrenta desafios significativos, especialmente em relação ao meio ambiente. A Petrobras, que busca licenças para operar na região, teve seu plano de emergência recentemente aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No entanto, a preocupação com os impactos ecológicos continua a crescer, especialmente com o aumento de encalhes de mamíferos marinhos e a diminuição da pesca artesanal.
Na Foz do Amazonas, um ecossistema rico e pouco estudado está sob ameaça. A vida marinha, que sempre foi abundante, apresenta sinais de colapso. O uso de ondas sonoras pela indústria petrolífera para localizar petróleo no fundo do mar afeta diretamente a fauna local. Julio Garcia, um pescador com 45 anos de experiência, afirma que “o mar está doente”, refletindo a crise que afeta as comunidades ribeirinhas que dependem da pesca artesanal.
A Petrobras iniciou estudos sísmicos na região em 2013, mas enfrentou recusas de licenças devido a falhas em estudos de impacto ambiental. Em 2024, o Ibama aprovou o plano de emergência da empresa, permitindo que o processo de licenciamento avançasse. Entretanto, a situação da pesca artesanal se agrava, com relatos de peixes menores e escassez de espécies comuns, evidenciando um desequilíbrio ecológico crescente.
Monitoramentos realizados pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) indicam um aumento no número de mamíferos marinhos encalhados, com sinais de estresse ambiental. A poluição sonora gerada por canhões de ar comprimido utilizados na prospecção sísmica é uma das principais preocupações, pois pode desorientar e prejudicar a comunicação entre as espécies marinhas, afetando toda a cadeia alimentar.
Os dados preliminares do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) revelam que entre 2023 e 2025, foram registrados 170 mamíferos marinhos e 907 quelônios mortos ou debilitados ao longo do litoral amazônico. A relação entre as atividades humanas e os encalhes de animais é alarmante, especialmente em um contexto de aumento do esforço pesqueiro e exploração petrolífera na região.
Enquanto a Petrobras defende suas operações como responsáveis, a pressão sobre o ecossistema da Foz do Amazonas aumenta. A exploração de petróleo em áreas ecologicamente sensíveis, aliada à sobrepesca, pode levar a um colapso ambiental. A união da sociedade civil em apoio a projetos que visem a proteção desse ecossistema é essencial para garantir a preservação da biodiversidade e a subsistência das comunidades locais.

O Projeto Tubarões da Baía da Ilha Grande recebeu R$ 5 milhões do Programa Petrobras Socioambiental para expandir pesquisas e ecoturismo sustentável. A iniciativa, coordenada pelo Ibracon, monitora espécies ameaçadas como o tubarão galha-preta.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, foi aplaudida na Flip ao discutir a COP30 e criticar a saída dos EUA do Acordo de Paris, elogiando a China por seus avanços em tecnologia energética. A presença de Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, emocionou a ministra.

A Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Secretaria de Educação do DF firmaram convênio para construir usina solar no Mangueiral, com investimento de R$ 40 milhões e economia anual de R$ 10 milhões. A usina terá capacidade de 10 megawatts-pico (MWp), gerando energia para 400 escolas públicas, representando 60% da demanda da rede de ensino local. O governador Ibaneis Rocha destacou a importância da energia limpa e a ampliação de fontes renováveis nos serviços públicos.

Duas exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro abordam a conexão entre arte e meio ambiente, enquanto a Câmara dos Deputados aprova projeto que compromete a proteção ambiental, gerando críticas.

O Zoológico de Brasília permanece fechado sem previsão de reabertura, conforme anunciado pelo secretário de Agricultura, Rafael Bueno, devido à migração de aves silvestres. Além disso, ele destacou uma safra recorde de grãos no DF e novos projetos de proteção ambiental.

O documentário "O Efeito Casa Branca" estreia na 14ª Mostra Ecofalante de Cinema, abordando a política ambiental do governo George Bush e a censura sobre informações climáticas nos EUA. O co-diretor Pedro Kos destaca a urgência da ciência climática em um contexto de crescente desinformação.