Saúde e Ciência

Estudantes de medicina são denunciadas por ironizarem caso de paciente que lutou contra cardiopatia congênita

Família de jovem que faleceu após três transplantes de coração denuncia estudantes de medicina por ironizar seu caso em vídeo no TikTok, pedindo retratação e ação do Ministério Público.

Atualizado em
April 10, 2025
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Alunas de medicina são denunciadas por expor caso de jovem transplantada em vídeo e ironizar — Foto: Reprodução/TikTok

A família de uma jovem de 26 anos, que faleceu em fevereiro após enfrentar uma grave cardiopatia congênita, registrou uma queixa na delegacia e acionou o Ministério Público. O motivo foi um vídeo postado por duas estudantes de medicina no TikTok, onde ironizavam o caso de Vitória Chaves da Silva, afirmando que um de seus transplantes de coração não teve sucesso devido à falta de medicação adequada. A família exige uma retratação pública.

O vídeo, publicado em 17 de fevereiro, apenas nove dias antes da morte de Vitória por choque séptico e insuficiência renal crônica, foi apagado das redes sociais. As alunas, Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, não mencionaram o nome de Vitória, mas expressaram choque ao saber que uma paciente havia recebido três corações e um rim, questionando a responsabilidade da jovem em seu tratamento.

Gabrielli afirmou que o segundo transplante de Vitória teve rejeição por conta da falta de comprometimento em tomar os remédios. Thaís, por sua vez, ironizou a situação, insinuando que Vitória acreditava ter "sete vidas". A irmã da jovem contestou a informação, esclarecendo que a rejeição ocorreu devido à doença do enxerto, e não pela falta de medicação.

A família, ao tomar conhecimento do vídeo, decidiu registrar um boletim de ocorrência e buscar apoio do Ministério Público. O Instituto do Coração (Incor), onde Vitória foi tratada, informou que não tinha conhecimento do vídeo e que a situação contraria a ética da instituição. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, responsável pelo Incor, ainda não se manifestou sobre o caso.

Vitória nasceu em Luziânia, Goiás, e foi diagnosticada com Anomalia de Ebstein, uma grave cardiopatia congênita. Após várias cirurgias e transplantes, ela lutou por sua vida até falecer em fevereiro de 2023. O caso dela foi amplamente documentado, incluindo uma aparição no programa Profissão Repórter, onde ela expressou seu sonho de se tornar médica.

Essa situação evidencia a necessidade de apoio e solidariedade em casos de doenças raras e complicadas. A união da sociedade pode fazer a diferença na vida de pessoas que enfrentam desafios semelhantes, promovendo iniciativas que ajudem a garantir tratamento e dignidade a quem mais precisa.

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