Estudo da Universidade de São Paulo revela que baixa escolaridade, hipertensão e perda auditiva são responsáveis por 22% dos casos de demência no Brasil, destacando a importância da prevenção. A pesquisa sugere que intervenções precoces podem evitar ou adiar quase metade dos diagnósticos da doença.

Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) revelou que três fatores de risco são responsáveis por 22% dos casos de demência no Brasil. A pesquisa, que analisou dados do Estudo Longitudinal de Envelhecimento no Brasil (ELSI-Brasil), envolveu mais de nove mil participantes com idade média de sessenta e três anos. Os resultados indicam que a baixa escolaridade, a hipertensão arterial e a perda auditiva são os principais gatilhos para o avanço da demência, destacando a necessidade de intervenções precoces.
Os dados do estudo mostram que a baixa escolaridade está associada a 7,7% dos casos, enquanto a hipertensão e a perda auditiva correspondem a 7,6% e 6,8%, respectivamente. Além disso, a pesquisa identificou variações nos fatores de risco conforme a raça. Entre pessoas brancas, a hipertensão é o fator mais relevante, enquanto entre negros e pardos, a baixa escolaridade lidera a lista. Esses dados ressaltam a importância de políticas públicas voltadas para a educação e a saúde.
A geriatra Claudia Kimie Suemoto, da USP, enfatiza que muitos desses fatores são modificáveis e que ações preventivas podem ser implementadas. A prevenção da demência deve começar cedo, pois a baixa escolaridade impacta a saúde cognitiva desde a infância. Fatores como hipertensão e perda auditiva, que se tornam mais frequentes na meia-idade, reforçam a urgência de intervenções adequadas.
Além dos três principais fatores, o estudo identificou outros nove que também influenciam o risco de demência, incluindo obesidade, diabetes, consumo excessivo de álcool, lesões cerebrais traumáticas, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento social e poluição do ar. A combinação de ações preventivas em todas essas áreas poderia reduzir em até 48% os casos da doença no país.
Pesquisadores alertam ainda para sintomas sutis da demência, como alterações no paladar e dificuldades com planejamento, que muitas vezes são ignorados. Reconhecer esses sinais precocemente é crucial para um diagnóstico e tratamento eficazes. A conscientização sobre esses aspectos pode ajudar a sociedade a agir de forma mais proativa em relação à saúde mental.
Nessa situação, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem a educação e a saúde preventiva são essenciais para reduzir os casos de demência e melhorar a qualidade de vida de muitos brasileiros. O apoio a iniciativas que promovam a conscientização e a intervenção precoce pode transformar a realidade de milhares de pessoas em nosso país.
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Distrito Federal agora oferecem o teste molecular de DNA-HPV, visando aumentar o diagnóstico precoce do câncer de colo do útero. A iniciativa, lançada na UBS 7 de Samambaia, impactará mais de 167 mil mulheres e faz parte do programa “Agora Tem Especialistas” do Ministério da Saúde. O novo exame, que identifica 14 genótipos do HPV, substituirá gradativamente o Papanicolau, permitindo diagnósticos mais precisos e rápidos, especialmente em mulheres assintomáticas.

Cuidado com a coceira nos olhos: ela pode agravar o ceratocone, uma condição que distorce a córnea e afeta a visão. O Brasil enfrenta um aumento na fila de espera para transplantes de córnea, que dobrou entre 2019 e 2022.

Em 2024, o câncer se tornou uma das principais causas de morte no Brasil, com 238.477 óbitos, refletindo uma mudança no perfil de mortalidade e exigindo melhorias no tratamento oncológico pelo SUS. A mortalidade por doenças cardíacas também permanece alta, com 365.772 mortes. A situação é crítica, especialmente em 15% das cidades, onde o câncer já iguala ou supera as mortes por doenças do coração.

Estudo da Universidade de Illinois revela que o consumo diário de abacate pode reduzir a gordura visceral em mulheres, destacando a importância de hábitos saudáveis para a saúde metabólica.
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) inaugurou a primeira Unidade de Cirurgia Bariátrica do SUS no DF, com equipe multiprofissional e estrutura dedicada, visando melhorar a qualidade de vida de pacientes com obesidade. A vice-governadora Celina Leão e o secretário de Saúde Juracy Cavalcante destacaram a importância do novo espaço, que já atendeu mais de mil pessoas desde 2008. A unidade conta com seis consultórios e uma equipe de nove cirurgiões, entre outros profissionais, oferecendo atendimento humanizado e acolhedor.

O Distrito Federal enfrenta uma grave crise na doação de órgãos, com a taxa de recusa familiar alcançando 61% em 2024, resultando em apenas 45 doações e um aumento de 20% na fila de espera para transplantes. A Secretaria de Saúde busca reverter essa situação com campanhas de conscientização.