O Distrito Federal enfrenta uma grave crise na doação de órgãos, com a taxa de recusa familiar alcançando 61% em 2024, resultando em apenas 45 doações e um aumento de 20% na fila de espera para transplantes. A Secretaria de Saúde busca reverter essa situação com campanhas de conscientização.

O Distrito Federal enfrenta um cenário alarmante em relação à doação de órgãos, com a taxa de recusa familiar alcançando 61% em 2024, o maior índice em cinco anos. Essa negativa impactou diretamente o número de doações, que caiu para apenas 45, representando uma diminuição de quase 30% em comparação a 2023. A situação se agrava com o aumento de 20% na fila de espera para transplantes, que passou de 1.410 para 1.698 pessoas.
Os dados revelam que, em 2023, o DF ocupava a 8ª posição no ranking nacional de doadores efetivos por milhão de habitantes, mas caiu para a 13ª posição em 2024, segundo a Secretaria de Saúde. A maioria dos transplantes realizados na capital federal no ano passado utilizou órgãos de doadores de outros estados, com Goiás liderando as doações, seguido por Rondônia e Mato Grosso do Sul.
A recusa familiar é um obstáculo significativo, com diversas justificativas apresentadas. A diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Gabriella Ribeiro Christmann, aponta que muitos acreditam que o corpo deve permanecer intacto ou que o falecido não desejava a doação, mesmo sem registro. Além disso, há a percepção de que o processo é demorado, embora cada minuto seja crucial para os que aguardam na fila.
Para reverter esse quadro, a Secretaria de Saúde está promovendo campanhas de conscientização. Gabriella destaca a importância das cartas de agradecimento, que têm proporcionado conforto às famílias ao saber que uma parte de seus entes queridos continua viva em outra pessoa. Ela enfatiza que o processo é seguro e que a família pode acompanhar todas as etapas.
Histórias de doação de órgãos, como a de Allana Saldanha, mãe de um menino que recebeu um transplante de coração, ilustram o impacto positivo dessa ação. Allana enfatiza que a doação é um gesto de amor e que a falta de informação e empatia contribui para a recusa. Haroldo Costa, que recebeu um rim da irmã, também compartilha sua experiência de renascimento e gratidão pela nova oportunidade de vida.
O cirurgião cardiovascular Fernando Atik, diretor da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), ressalta a importância da doação como um ato de amor ao próximo. Ele afirma que cada paciente tem uma história única e que a doação pode salvar vidas. Em um momento de crise, a união da sociedade pode fazer a diferença, incentivando ações que promovam a conscientização e ajudem aqueles que precisam de transplantes.

O Hospital Nove de Julho alcançou a marca de 10 mil cirurgias robóticas, destacando-se na urologia e ginecologia. Novas regulamentações do CFM exigem treinamento específico para cirurgiões, visando aumentar a segurança e a eficácia dos procedimentos.

Estudo revela 19 metabólitos no sangue de gestantes com pré-eclâmpsia, indicando variações conforme a gravidade da condição. Pesquisadores buscam entender danos a órgãos e desenvolver intervenções farmacológicas.
Governo do Distrito Federal investiu R$ 41 milhões em saúde, com 4 milhões de atendimentos em 2024. A ampliação da Atenção Primária à Saúde resultou na entrega de 13 novas unidades básicas, beneficiando milhares de moradores. A UBS 5 do Recanto das Emas se destacou com quase 10 mil atendimentos, refletindo a importância do investimento na saúde pública.

Cerca de 39 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço são registrados anualmente no Brasil, com 80% diagnosticados em estágios avançados, comprometendo a cura. O cirurgião Rodrigo Nascimento Pinheiro enfatiza a prevenção, incluindo a vacinação contra o HPV, e alerta para a confusão de sintomas que atrasa o diagnóstico.

Ministério da Saúde destina R$ 150 milhões ao Programa Saúde na Escola, visando vacinar 90% de estudantes de 9 meses a 15 anos entre 14 e 25 de outubro. Mobilização busca reverter queda nas taxas de imunização.

Estudo revela que 27% dos pacientes com doença de Chagas e insuficiência cardíaca apresentam déficit cognitivo, em comparação a 13% no grupo sem a doença, sugerindo mecanismos inflamatórios. Pesquisadores da UFBA e UFMG destacam a necessidade de estratégias de comunicação para melhorar a adesão ao tratamento.