Com a chegada do frio, aumentam os atendimentos por doenças respiratórias em crianças, com destaque para a bronquiolite, que leva à internação de bebês. O Hospital Regional de Santa Maria registrou 8.960 atendimentos em 2023. A vacina Abrysvo, aprovada para gestantes, começará a ser aplicada em 2026, reforçando a prevenção contra infecções respiratórias.
Com a chegada das estações frias, os atendimentos por doenças respiratórias em crianças aumentam significativamente, especialmente no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). De janeiro a 10 de abril de 2023, a unidade registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios. Somente nos dez primeiros dias de abril, 903 crianças foram atendidas. A bronquiolite, principal causa de internação por infecções respiratórias em crianças menores de 1 ano, é uma preocupação crescente, conforme dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A bronquiolite viral aguda (BVA) afeta principalmente os bronquíolos, estruturas pequenas nos pulmões, e é mais comum em bebês de até 2 anos, especialmente entre 2 e 6 meses. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o causador mais frequente. O infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini, explica que o vírus provoca inflamação e acúmulo de muco, dificultando a passagem de ar, o que pode levar a quadros graves em bebês.
Os primeiros sinais da bronquiolite se assemelham aos de um resfriado comum, como coriza, tosse seca e febre baixa. Contudo, o quadro pode evoluir rapidamente, levando a sintomas como respiração acelerada, chiado no peito e dificuldade para se alimentar. Bianchini alerta que febre em bebês com menos de 3 meses, recusa persistente de alimentos e dificuldade para respirar são sinais de alerta que exigem atendimento médico imediato.
O tratamento da bronquiolite é, em sua maioria, de suporte, incluindo hidratação e controle da febre. O uso de broncodilatadores e antibióticos não é recomendado rotineiramente, a menos que o quadro clínico exija. Em casos moderados a graves, a cânula nasal de alto fluxo (HFNC) pode ser utilizada para melhorar a oxigenação. A internação é considerada em situações de desconforto respiratório acentuado ou outras complicações.
Alguns fatores aumentam o risco de evolução para formas graves da bronquiolite, como a ausência de aleitamento materno exclusivo e a prematuridade. O contato em creches ou lares com muitas pessoas também favorece a disseminação do VSR. Medidas simples, como lavar as mãos frequentemente e manter os ambientes ventilados, são essenciais para a prevenção.
A vacina Abrysvo, aprovada pela Anvisa em 2024, será aplicada em gestantes a partir de 2026, protegendo os bebês por meio da transferência de anticorpos. Além disso, o anticorpo monoclonal Nirsevimabe já está disponível na rede privada, enquanto o Palivizumabe é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos de alto risco. Essas iniciativas, somadas a outras vacinas, têm contribuído para a redução de hospitalizações e óbitos por infecções respiratórias na infância. Nessa situação, nossa união pode ajudar a fortalecer a saúde das crianças e a prevenção de doenças respiratórias.
Uma pesquisa recente publicada no JAMA Otolaryngology–Head & Neck Surgery revela que o consumo de bebidas açucaradas aumenta em quase cinco vezes o risco de câncer de cavidade oral em mulheres, mesmo na ausência de tabagismo e álcool. O estudo analisou dados de 162.602 mulheres, identificando que aquelas que ingerem uma ou mais bebidas adoçadas semanalmente têm risco significativamente elevado. Especialistas alertam que o açúcar pode causar inflamação e estresse oxidativo, criando um ambiente propício para o câncer. Reduzir essas bebidas é uma medida preventiva eficaz.
A endometriose afeta cerca de 190 milhões de mulheres no mundo, com diagnóstico demorado e novos tratamentos disponíveis pelo SUS, como o DIU hormonal, promovendo avanços no cuidado à saúde feminina.
Estudo em São Paulo revela 2.351 casos de torção testicular entre 2008 e 2016, com taxa de 21,61 por 100 mil homens no SUS, destacando a urgência do tratamento para evitar complicações graves.
O Ministério da Saúde investirá R$ 50 milhões para aprimorar o atendimento de SRAG no SUS, devido ao aumento de casos, sendo 75% dos óbitos recentes atribuídos ao influenza A.
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