A exposição "Paiter Suruí, gente de verdade" no IMS, em São Paulo, reúne mais de 900 fotografias que retratam a cultura e a história do povo Paiter Suruí desde os anos 1970. As imagens, coletadas na Terra Indígena Sete de Setembro, foram feitas por indígenas e revelam a evolução do uso da fotografia em suas comunidades. A mostra, que ficará em cartaz até novembro, é uma iniciativa do Coletivo Lakapoy e destaca a importância da documentação visual na preservação da identidade cultural.
Os Paiter Suruí, um povo indígena localizado entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, tiveram seu primeiro contato com não indígenas em mil novecentos e oitenta e um, na aldeia Nabekodabalakiba. Este local, cujo nome significa "local onde foram pendurados os facões", é significativo na história do povo, pois marca o início de interações com a Funai (Fundação Nacional do Índio), que busca se aproximar de comunidades isoladas. Desde então, Djikimatara e Gamina Suruí, que eram jovens na época, se tornaram colaboradores da entidade indigenista, participando de expedições de contato com outros povos, como os Uru-Eu-Wau-Wau.
A exposição "Paiter Suruí, gente de verdade", em cartaz até novembro no IMS (Instituto Moreira Salles) em São Paulo, apresenta mais de novecentas fotografias tiradas por membros da comunidade. As imagens, que remontam à chegada das câmeras fotográficas ao território nos anos setenta, foram coletadas das casas de pessoas que habitam a Terra Indígena Sete de Setembro, onde os Paiter Suruí vivem. As fotos são comparadas a um álbum de família, revelando a história e a cultura do povo ao longo das décadas.
A exposição destaca a importância da fotografia como meio de expressão cultural e identidade. As imagens expostas incluem retratos e cenas do cotidiano, acompanhadas de legendas escritas pelos próprios Paiter Suruí. Essa abordagem não apenas valoriza a perspectiva indígena, mas também oferece uma nova visão sobre a representação de povos indígenas na fotografia, desafiando estereótipos e promovendo um entendimento mais profundo de suas realidades.
O projeto é uma iniciativa do Coletivo Lakapoy, que busca dar voz e visibilidade aos Paiter Suruí. A mostra é uma oportunidade para o público conhecer a riqueza cultural e a história desse povo, que, apesar de suas experiências de contato com o mundo externo, mantém suas tradições e modos de vida. A exposição também serve como um espaço de reflexão sobre a relação entre indígenas e não indígenas, especialmente em um contexto de crescente valorização da diversidade cultural.
Além de promover a cultura Paiter Suruí, a exposição é um convite à ação. O apoio a projetos que visam a preservação e a valorização das culturas indígenas é fundamental para garantir que essas comunidades continuem a existir e prosperar. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na promoção de iniciativas que respeitem e celebrem a diversidade cultural do Brasil.
Assim, a visita à exposição "Paiter Suruí, gente de verdade" não é apenas uma oportunidade de apreciação artística, mas também um chamado à solidariedade e ao apoio a causas que buscam fortalecer as vozes indígenas. Através de ações coletivas, podemos contribuir para um futuro mais justo e igualitário para todos os povos.
O Brasil registra um crescimento significativo no transporte público gratuito, com 136 cidades adotando a tarifa zero, impactando positivamente a economia e a mobilidade urbana. A proposta de financiamento e regulamentação avança em Belo Horizonte e no Congresso Nacional, prometendo transformar o sistema de transporte.
O governador Tarcísio de Freitas anunciará um repasse extra de R$ 150 milhões para assistência social em São Paulo, elevando o total para R$ 390 milhões. O objetivo é fortalecer a gestão do Sistema Único da Assistência Social e combater a pobreza.
A 3ª Conferência Distrital de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, realizada em junho, abordou os desafios da saúde no trabalho e a necessidade de políticas públicas eficazes. O evento, promovido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, destacou o aumento de problemas de saúde mental e a importância da participação social no Sistema Único de Saúde (SUS).
Coletivo Favela In, fundado por empreendedores da Rocinha em 2020, promove inclusão produtiva e empreendedorismo por meio de educação e inovação, fortalecendo negócios locais e capacitando jovens e mulheres.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros assinaram decreto que estabelece a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) como plataforma de interoperabilidade do SUS, com 80% dos estados integrados. A iniciativa visa melhorar a gestão e o monitoramento da saúde no Brasil, utilizando o CPF como base para registros, o que promete aumentar a eficiência e reduzir desperdícios. A RNDS já possui mais de 2,8 bilhões de registros e fortalece o programa Agora Tem Especialistas, que busca diminuir o tempo de espera por atendimentos.
A Justiça Federal do Rio Grande do Sul anulou as cotas para transexuais na FURG, determinando o cancelamento das matrículas ao fim do ano letivo. A decisão, contestada, alega falta de fundamentação e violação da isonomia.