A governança climática nas empresas dos EUA enfrenta desafios, enquanto o Brasil avança com normas ESG, incluindo relatórios de sustentabilidade e gerenciamento de riscos climáticos. Nos EUA, a BlackRock abandonou o termo ESG, refletindo uma resistência crescente, enquanto no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep) implementam regras que exigem relatórios de sustentabilidade, moldando a agenda corporativa.

O debate sobre governança climática nas empresas nos Estados Unidos enfrenta desafios significativos. A decisão da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, de abandonar o termo ESG (Ambiental, Social e Governança) em resposta à pressão de clientes vinculados à indústria do petróleo, gerou uma onda de questionamentos. Essa mudança ocorre em um contexto onde a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) demonstra resistência às regras de divulgação climática anteriormente propostas, refletindo um retrocesso nas discussões sobre sustentabilidade.
A professora Fernanda Claudino, da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP), destacou que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e o retrocesso em diversidade e inclusão nas empresas impactaram negativamente o mercado. Ela enfatiza que a pauta ESG possui um forte componente político, além de suas implicações financeiras. O evento Summit ESG, promovido pelo Estadão, serviu como plataforma para discutir esses desafios e a necessidade de ações concretas.
No Brasil, a situação é diferente, com órgãos reguladores avançando na criação de normas ESG. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) implementou regras que exigem relatórios de sustentabilidade, enquanto a Superintendência de Seguros Privados (Susep) introduziu diretrizes para o gerenciamento de riscos climáticos. Essas iniciativas visam atender à crescente demanda dos investidores por informações sobre os riscos associados à sustentabilidade.
Fernanda Claudino ressaltou que, apesar das dificuldades enfrentadas globalmente, o Brasil está fazendo progressos. As novas regras da CVM, conhecidas como S1 e S2, exigem que empresas listadas na B3 apresentem relatórios com foco financeiro, refletindo uma movimentação global em direção à transparência. Jéssica Bastos, da Susep, destacou que o setor de seguros começou a se concentrar na pauta ESG mais tarde, mas desde 2022 tem avançado com a criação de regras para a divulgação de riscos climáticos.
Maria Emília Peres, da Deloitte, observou que sessenta e dois por cento das empresas brasileiras já alinham suas estratégias de ESG com seus negócios, um aumento significativo em relação a 2023. Ela acredita que tanto o setor privado quanto o público estão comprometidos em não retroceder nas questões de sustentabilidade, citando exemplos positivos como a Natura, que neutralizou suas emissões, e a Petrobras, que investiu US$ 16 bilhões em transição energética.
Carolina Bueno, do Grupo Globo, enfatizou a importância de as empresas adotarem uma abordagem pragmática em suas decisões. Ela defendeu a necessidade de priorizar investimentos que tragam resultados concretos, como a promoção da diversidade. Em um cenário onde a sustentabilidade se torna cada vez mais crucial, a união da sociedade civil pode ser um fator determinante para impulsionar iniciativas que beneficiem o meio ambiente e a inclusão social.

Entre 8 e 10 de agosto, o Distrito Federal registrou 224 incêndios em vegetação, consumindo 316,38 hectares. O Corpo de Bombeiros alerta para a importância da prevenção e cuidados em áreas secas.

A Korin, especializada em ovos e frangos orgânicos, planeja dobrar sua produção de bioinsumos, atualmente em 1,3 milhão de litros, visando crescimento no Brasil antes da internacionalização. A empresa, sob a liderança de Sérgio Homma, investe em pesquisa e desenvolvimento, com 16% a 17% do faturamento anual direcionados a essa área. O biofertilizante Bokashi é seu principal produto, representando 80% da receita. Apesar da alta nos custos, a Korin projeta um crescimento de 5% a 10% na safra atual e uma expansão significativa até 2027.

Startups Solos e So+ma se uniram à Heineken para promover a reciclagem de garrafas de vidro na Bahia, visando a circularidade total até 2028. A parceria conecta consumidores e catadores, ampliando o impacto sustentável.

Pesquisadores japoneses criaram um plástico que se dissolve em água do mar em poucas horas, sem deixar resíduos, oferecendo uma solução inovadora para a poluição oceânica. O material, desenvolvido pelo Centro RIKEN e pela Universidade de Tóquio, é resistente e se decompõe naturalmente, evitando microplásticos.

Ibama intensifica fiscalização na Terra Indígena Kayapó, completando 75 dias de operação contra garimpo ilegal, com a destruição de 117 acampamentos e 358 motores. A ação visa proteger o meio ambiente e os direitos indígenas.

Estudo revela que sinais de aquecimento global poderiam ter sido detectados em 1885, antes da popularização dos carros a gasolina, evidenciando a interferência humana no clima desde a Revolução Industrial. Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e instituições como o MIT simulam monitoramento atmosférico, identificando resfriamento na estratosfera devido ao aumento de CO₂. Alertam que mudanças climáticas intensas devem ocorrer nos próximos anos se não houver redução no uso de combustíveis fósseis.