Impacto Social

Governo deve criar política pública permanente de auxílio em calamidades para garantir dignidade à população

Após a gestão criticada da pandemia de COVID-19, a sociedade civil pressionou por um auxílio emergencial de R$ 600, revelando a urgência de uma política pública permanente para calamidades. A desigualdade no Brasil intensifica os impactos de crises, exigindo ação imediata do governo.

Atualizado em
August 18, 2025
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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Brasil passou por uma grave pandemia de COVID-19, que resultou em mais de setecentas mil mortes. A gestão da crise foi amplamente criticada, sendo considerada genocida por muitos, devido à negação da gravidade da situação e à falta de ações efetivas. A insegurança gerada pela pandemia afetou a subsistência de milhões de brasileiros, especialmente aqueles que já viviam em situação de vulnerabilidade social.

Em resposta à crise, mais de trezentas organizações da sociedade civil se uniram para exigir um auxílio emergencial de R$ 600,00. Inicialmente, o governo federal propôs um valor de R$ 200,00 por três meses, considerado insuficiente. Após pressão popular, o valor foi elevado para R$ 600,00, que beneficiou cerca de sessenta e oito milhões de pessoas em 2020 e trinta e nove milhões em 2021, mostrando a urgência de uma política pública de auxílio em calamidades.

O auxílio emergencial se tornou um novo patamar para o Bolsa Família, que antes tinha uma média de R$ 187,00 mensais. Em 2022, todos os candidatos à presidência se comprometeram a manter o valor do Bolsa Família no mesmo nível do auxílio emergencial. Essa mudança foi um reflexo da mobilização social e da necessidade de garantir um mínimo de dignidade para as famílias afetadas pela pandemia.

As desigualdades sociais no Brasil, que se manifestam de forma racial e geográfica, foram exacerbadas durante a pandemia. O país é um dos mais desiguais do mundo, com a riqueza concentrada nas mãos de uma elite. Essa realidade se reflete nas calamidades, que atingem de maneira desigual a população, como evidenciado pelas enchentes no Rio Grande do Sul e outros estados.

A criação de uma política pública permanente de auxílio em situações de calamidade é uma demanda urgente. É necessário que o governo estabeleça um modelo de gestão claro, com responsabilidades definidas entre os entes federados e um orçamento adequado. A falta de uma estrutura definida resulta em um jogo de responsabilidades entre os níveis de governo, o que prejudica a agilidade na resposta a emergências.

As calamidades climáticas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensas, exigindo uma resposta rápida e eficaz do Estado. A luta por uma política pública de auxílio deve continuar sendo uma prioridade da sociedade civil. A união em torno dessa causa pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam situações extremas, garantindo que as vítimas tenham acesso ao suporte necessário em momentos críticos.

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