Samille Ornelas, aprovada em Medicina na UFF, enfrenta a cassação de sua matrícula após um ano de espera, impactando sua identidade e futuro. A jovem, que se autodeclara parda, luta por justiça.
Samille Ornelas, de 31 anos, foi aprovada no curso de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2024, mas enfrentou dificuldades para efetivar sua matrícula. A universidade alegou que ela não apresentava as "características fenotípicas" esperadas, apesar de se autodeclarar parda. Após um ano de espera e uma liminar que permitiu sua matrícula, Samille começou a estudar no primeiro semestre de 2025. Contudo, a situação se complicou quando a decisão judicial foi cassada, obrigando-a a abandonar a faculdade.
A UFF não se manifestou sobre o caso até o momento da última atualização. Samille, que é ex-aluna de escola pública, se inscreveu no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) utilizando cotas para pretos e pardos, com renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio. Para comprovar sua autodeclaração, gravou um vídeo conforme exigido pelo edital, mas o comitê de heteroidentificação da universidade a considerou inapta para as cotas.
Samille relatou a angústia de ter sua matrícula cancelada, afirmando que sua vida foi desestruturada por conta de um vídeo de apenas 17 segundos. Ela destacou que, mesmo após a aprovação, sua situação foi tratada como se não tivesse valor. A jovem expressou sua frustração ao dizer que ninguém a avaliou pessoalmente para confirmar sua identidade racial.
O processo de verificação de cotas nas universidades é complexo. Os comitês de heteroidentificação analisam a aparência física dos candidatos, priorizando a leitura social, e não a ancestralidade. A avaliação deve ser feita presencialmente, mas a UFF optou por um método à distância, o que gerou questionamentos sobre a eficácia do processo.
Para tentar reverter a situação, os advogados de Samille sugeriram que ela realizasse uma avaliação com um antropólogo. A jovem, que sempre se reconheceu como parda e enfrentou racismo ao longo da vida, acredita na importância do sistema de cotas, mas reconhece que a falta de estrutura pode levar a erros nas avaliações. Ela não desistiu de seu sonho de ser médica e voltou a estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A história de Samille é um exemplo de como a luta por direitos pode impactar vidas. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam a inclusão e a justiça social. Projetos que promovem a igualdade de oportunidades devem ser incentivados, pois podem transformar realidades e ajudar aqueles que enfrentam barreiras semelhantes.
O Método Canguru, aplicado no Hospital Regional de Sobradinho, já beneficiou mais de mil bebês em três meses, promovendo saúde e vínculo familiar por meio do contato pele a pele. A técnica, que envolve uma equipe multidisciplinar, tem mostrado resultados positivos, como a regulação da temperatura e o aumento do ganho de peso dos recém-nascidos.
O Grupo L’Oréal anunciou a expansão do programa Beleza Inclusiva e Tecnológica (BIT) para a Colômbia em 2025, visando capacitar mais de 400 jovens em habilidades digitais e socioemocionais. As inscrições vão até 5 de setembro e a iniciativa promete gerar mil oportunidades de emprego e cinco mil vagas em capacitação, reforçando o compromisso da empresa com a diversidade e inclusão no setor tecnológico.
A Gerdau abriu inscrições para o programa Gerdau Transforma, que oferece cem vagas gratuitas para mulheres empreendedoras, com capacitação e mentoria de 12 a 16 de maio. O curso visa fortalecer negócios e promover inclusão.
A maioria dos aposentados e pensionistas do INSS que contestaram descontos indevidos já foi ressarcida. O INSS inicia nova fase para incluir beneficiários com assinaturas falsificadas.
A Câmara dos Deputados aprovou projeto que impede agressores com medida protetiva de se aproximarem das vítimas, mesmo com consentimento. A proposta, que altera a Lei Maria da Penha, visa reforçar a proteção das mulheres e coibir a violência psicológica. A relatora, deputada Rogéria Santos, destaca que a mudança busca proteger as mulheres em situação de hipervulnerabilidade. O projeto agora aguarda análise no Senado Federal.
Estudante de Pedagogia, Júlia Couto, conquistou visibilidade ao reclamar sobre o novo bilhete de transporte, o Jaé, e foi ouvida pelo prefeito Eduardo Paes, gerando polêmica após vídeo com a Riocard.