Levantamento aponta que escolas públicas estaduais em São Paulo têm até 27 vezes mais desordem que as particulares, afetando saúde e segurança dos adolescentes. O estudo revela desigualdade alarmante na infraestrutura escolar.
Um levantamento recente realizado em escolas do município de São Paulo revelou desigualdades alarmantes entre as redes pública e privada de ensino. A pesquisa abrangeu dois mil seiscentos e oitenta estudantes do nono ano do ensino fundamental, distribuídos em cento e dezenove instituições de ensino. Os dados mostram que as escolas públicas estaduais apresentam até 27 vezes mais desordem em comparação às particulares, o que afeta diretamente a saúde e segurança dos adolescentes.
O estudo, publicado nos Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, identificou até dezenove elementos de degradação nas escolas públicas estaduais, incluindo pichações, janelas quebradas e banheiros entupidos. O escore médio de desordem foi de 0,25 nas escolas particulares, 4,46 nas municipais e 6,67 nas estaduais. Em quase noventa por cento das escolas estaduais e mais de oitenta por cento das municipais, foi constatada ao menos uma forma de desordem, enquanto nas particulares essa situação ocorreu em apenas 21,9% das unidades.
Além da infraestrutura das escolas, o entorno também foi avaliado. Nos quarteirões onde se localizam as instituições públicas, foi observada uma maior presença de buracos nas calçadas, pichações e postes com lâmpadas quebradas. O pesquisador Cézar Luquine Júnior destacou que ambientes degradados podem favorecer comportamentos de risco entre os adolescentes, transmitindo uma mensagem de descaso e abandono.
A pesquisa utilizou quatro fontes principais de dados: questionários respondidos por estudantes, observação direta das instalações escolares, questionários administrativos preenchidos por diretores e dados do Censo da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Embora o estudo não estabeleça relações causais entre o ambiente escolar e o comportamento dos alunos, futuras análises buscarão identificar grupos de adolescentes com diferentes padrões de risco.
Os dados também revelaram que a distorção idade-série no nono ano atinge quase vinte por cento dos alunos em escolas públicas, em contraste com apenas 4,6% nas particulares. O estudo enfatiza a diferença significativa entre o que é oferecido aos adolescentes da rede privada e o que encontram nas escolas públicas, impactando não apenas o rendimento escolar, mas também a forma como se sentem acolhidos e seguros.
A professora Maria Fernanda Tourinho Peres, orientadora de Luquine Júnior, ressaltou a importância do ambiente escolar na prevenção da violência. Os resultados do estudo são fundamentais para a adoção de medidas que visem prevenir comportamentos de risco, como bullying e violência. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, promovendo iniciativas que melhorem as condições das escolas e o bem-estar dos jovens.
A Universidade de São Paulo (USP) será o primeiro polo da Reagent Collaboration Network (Reclone) no Brasil, focando na produção e distribuição gratuita de biomateriais. A iniciativa, que já atua em mais de 50 países, visa democratizar o acesso a reagentes essenciais para a pesquisa biológica, reduzindo custos e promovendo inovação. O projeto, liderado pela professora Andrea Balan e pelo professor Marko Hyvönen, também incluirá treinamentos para capacitar pesquisadores na produção de enzimas.
A LiGuia promove visita mediada à exposição Gabinete Selarón de Curiosidades no Centro Cultural da Justiça Federal. O Bosque Marapendi, revitalizado, e a Vinícola Maturano introduzem novidades que enriquecem a cultura local.
A partir de 1º de setembro, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser atendidos gratuitamente por planos de saúde, convertendo dívidas em serviços. A medida visa reduzir a espera por atendimentos especializados em áreas como oncologia e cardiologia, com expectativa de R$ 750 milhões em serviços.
O governador Cláudio Castro lançou o programa "Empregos Azuis", que pretende capacitar de 8 a 10 mil profissionais para a economia azul até 2026, com cursos iniciais em áreas como taifeiro e operador de empilhadeira. A iniciativa, que conta com parcerias de municípios e instituições, visa impulsionar o setor marítimo e portuário no estado.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência em 27 cidades devido a desastres naturais, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. As prefeituras podem solicitar ajuda para atender às necessidades emergenciais da população afetada.
Apenas 29,3% dos detentos no Brasil participam de projetos de trabalho, mas Gabrielli Teixeira de Sá, ex-detenta, se destacou como gerente de loja após o Projeto Reeducandos, que visa a reinserção social.