Impacto Social

Governo Lula prepara medidas para mitigar impactos do tarifaço de Donald Trump em estados brasileiros

O governo brasileiro, sob Luiz Inácio Lula da Silva, planeja oferecer até R$ 50 bilhões em crédito para mitigar os impactos de um tarifaço de 50% dos EUA sobre produtos nacionais. Medidas sociais, como o programa "Gás para Todos", visam proteger a popularidade do presidente em estados afetados.

Atualizado em
July 28, 2025
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Palácio do Planalto: além de oferecer crédito para empresas afetadas pelo tarifaço, governo quer tirar do papel programas para oferecer gás para famílias de baixa renda, programa de crédito para reformas e linhas de financiamento para compra de motos e carros para trabalhadores de aplicativos. (Leandro Fonseca/Exame)

A avaliação interna do governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indica que a iminente imposição de um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, prevista para 1º de agosto, não deve impactar negativamente a popularidade do presidente no curto prazo. Técnicos da equipe econômica e da ala política apontam que os estados mais afetados, como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, são redutos bolsonaristas, onde Lula já enfrenta maior rejeição. Assim, o risco de danos à sua imagem é considerado reduzido.

O governo, no entanto, não pretende deixar esses estados desamparados. Auxiliares de Lula afirmam que linhas de crédito serão disponibilizadas por bancos públicos para apoiar as empresas afetadas, evitando demissões em massa. Além disso, o governo busca abrir novos mercados e reforçar as exportações para países que já compram produtos brasileiros, como parte de sua estratégia de enfrentamento ao tarifaço.

Os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará e Espírito Santo também sofrerão com o tarifaço, mas a oferta de crédito é vista como uma forma de manter os empregos e, consequentemente, a aprovação do presidente, que já apresentou melhora nas últimas semanas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras instituições financeiras estão prontos para oferecer linhas de crédito específicas, com valores que podem variar entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões, dependendo das necessidades das empresas.

Durante um evento na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco está preparado para apoiar as empresas que enfrentam perdas devido às medidas tarifárias dos Estados Unidos. Ele citou exemplos de intervenções anteriores do BNDES que resultaram em recuperação econômica significativa, como no caso de uma tragédia ambiental no Rio Grande do Sul.

Além das medidas de crédito, o governo planeja lançar programas sociais, como o "Gás para Todos", que visa beneficiar milhões de famílias de baixa renda. O programa deve custar cerca de R$ 2,6 bilhões em 2025 e R$ 5 bilhões no ano seguinte. Também está prevista a criação de uma linha de crédito para a compra de veículos por trabalhadores de aplicativos, além de um programa para pequenas reformas em domicílios de famílias de baixa renda e classe média.

Nessa conjuntura, a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem minimizar os impactos do tarifaço e fortalecer a economia local. Projetos que busquem ajudar as empresas e as famílias afetadas podem fazer a diferença em momentos de crise, promovendo a solidariedade e a recuperação econômica nas regiões mais vulneráveis.

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