Impacto Social

Prefeitura de São Paulo identifica 32 ruas com usuários de drogas na região central da cidade

A Prefeitura de São Paulo identificou 32 ruas com usuários de drogas na região central, mas afirma que não há mais cenas abertas de uso na cidade. O prefeito Ricardo Nunes destaca avanços, embora o problema persista.

Atualizado em
May 15, 2025
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Rua dos Protestantes, local onde ficava concentrado a maioria dos usuários de drogas, segue vazia desde o início da semana. Foto: Daniel Teixeira/Estadao

A Prefeitura de São Paulo identificou trinta e duas ruas na região central da cidade com usuários de drogas e dependentes químicos. O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante uma visita ao Serviço de Cuidados Prolongados Álcool e Drogas Boracea, na Barra Funda, na manhã de quinta-feira, 15. Na quarta-feira, o Estadão encontrou um grupo de cerca de trinta usuários na praça próxima à estação do Metrô, misturados à população em situação de rua que ocupa o local há anos.

O secretário Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando, destacou que a maior concentração de usuários, que formava o chamado “fluxo” da Cracolândia, se esvaziou recentemente. Ele mencionou que, até a semana passada, cerca de duzentos dependentes químicos estavam na Rua dos Protestantes, mas esse número diminuiu significativamente. Morando afirmou que, atualmente, não foram identificadas outras cenas abertas de uso na cidade.

De acordo com a Prefeitura, uma cena aberta de uso de drogas é definida como um grupo de pelo menos quinze pessoas consumindo entorpecentes por um período de uma semana. Nunes e o secretário da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, afirmaram que não há mais cenas abertas de uso na cidade, embora o problema persista em algumas áreas.

As equipes de saúde e assistência social abordaram cento e nove usuários de drogas na região central. O prefeito Ricardo Nunes reconheceu que o problema ainda não está totalmente resolvido, mas destacou os avanços feitos até o momento. O vice-prefeito Mello Araújo (PL) informou que ações recentes retiraram mais de cento e vinte usuários do local.

Morando atribuiu o esvaziamento da Cracolândia a ações na Favela do Moinho, à busca de usuários por tratamento médico e à intensificação das forças de segurança para combater o tráfico de drogas na região. No entanto, ONGs que atuam na área, como a Craco Resiste, e ativistas criticam as abordagens violentas, o que foi negado pelo secretário.

Nessa situação, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar a recuperação de dependentes químicos e oferecer alternativas de tratamento são essenciais para transformar a realidade desses cidadãos. O engajamento da comunidade é fundamental para promover mudanças significativas e duradouras.

Estadão
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