O livro "Memórias de Martha", de Júlia Lopes de Almeida, foi adicionado à lista de leitura obrigatória da Fuvest 2026, ressaltando sua crítica à saúde pública e desigualdade social no século 19. A obra destaca a vida de mulheres marginalizadas e a importância da educação feminina, refletindo questões atuais sobre saúde e classe social.
A obra "Memórias de Martha", da escritora Júlia Lopes de Almeida, foi recentemente incluída na lista de leitura obrigatória do vestibular da Fuvest 2026, destacando sua relevância na crítica social sobre saúde pública e desigualdade social. O livro, que retrata a vida da população marginalizada nos cortiços do século 19, foca especialmente nas experiências das mulheres em situações de exclusão. A narrativa é um testemunho da luta e da resistência em meio à miséria e à opressão.
Júlia Lopes de Almeida, nascida em 1862 e falecida em 1934, foi uma escritora carioca que transitou por diversos gêneros literários, incluindo romances, crônicas e peças teatrais. Sua carreira começou cedo, aos 19 anos, e ela se destacou como romancista, publicando 11 obras. A crítica literária Anna Faedrich ressalta que, apesar de sua origem na elite, Júlia abordou realidades diversas em seus escritos, questionando a estrutura patriarcal da sociedade da época.
A narrativa de "Memórias de Martha" apresenta a história de uma família que perde sua posição social com a morte do pai, levando mãe e filha a viver em um cortiço. A obra denuncia a falta de investimento em saúde pública, evidenciada pela morte do pai por febre amarela. A trajetória de Martha, que se torna professora após estudar, reflete a importância da educação feminina, embora o desfecho traga uma crítica ao mostrar que, mesmo emancipada, ela acaba se casando.
O cortiço, mais do que um cenário, é um personagem central na obra. A autora denuncia as condições insalubres em que as pessoas viviam, um tema que ressoa com as discussões contemporâneas sobre saúde pública e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). A crítica social presente na obra é relevante para refletir sobre as desigualdades que ainda persistem na sociedade brasileira.
Uma das passagens marcantes da obra é quando Martha se compara à filha de uma freguesa burguesa, revelando as disparidades sociais. Essa cena provoca reflexões sobre a desigualdade e a consciência de classe, temas que permanecem atuais. A inclusão de "Memórias de Martha" na lista da Fuvest é um reconhecimento da importância de discutir essas questões em um contexto educacional.
Iniciativas que promovem a literatura e a discussão sobre desigualdade social são essenciais para a formação de uma sociedade mais justa. Projetos que buscam apoiar a educação e a saúde pública podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas. A união em torno de causas sociais pode transformar realidades e oferecer novas oportunidades para os menos favorecidos.
Uma pesquisa da startup to.gather revela que, apesar de setenta vírgula dois por cento das empresas brasileiras terem estratégias de diversidade e inclusão, apenas quarenta e quatro vírgula cinco por cento estabelecem metas de desempenho. A população trans enfrenta barreiras significativas, ocupando apenas zero vírgula seis por cento dos cargos de liderança.
A negligência na saúde da mulher pode gerar perdas de até US$ 1 trilhão anuais até 2040, alerta Ana Cabral, da Evah Saúde, destacando a urgência de um cuidado integral e políticas públicas eficazes.
O Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (CCD-AD/SemeAR) lançou o boletim Conexão Semear Digital, promovendo diálogo sobre tecnologias digitais no campo. A publicação mensal busca informar agricultores e outros públicos sobre inovações voltadas a pequenas e médias propriedades rurais, destacando a importância da comunicação na pesquisa científica.
O projeto "Aqui tem Memória" valoriza a cultura carioca com placas informativas e QR Codes em 47 pontos turísticos, incluindo a Igreja da Penha e a estátua do Bellini, promovendo conhecimento e preservação.
No Distrito Federal, programas como "Absorva o Bem" e "Dignidade Menstrual" visam combater a pobreza menstrual, oferecendo absorventes gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa busca garantir saúde e dignidade, mas enfrenta desafios na distribuição.