Cerca de 66% da população idosa no Brasil está conectada à internet, mas muitos enfrentam baixa conectividade. A inclusão digital é crucial para combater o idadismo e promover saúde mental e autonomia.

Mais de 12 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais permanecem excluídos do mundo digital, refletindo uma marginalização que vai além da tecnologia, abrangendo aspectos sociais e econômicos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que apenas 30% dessa população utiliza a internet. Em um país com expectativa de vida superior a 75 anos e mais de 32 milhões de idosos, essa desconexão é alarmante. Mesmo entre os que estão online, muitos enfrentam dificuldades de acesso, com 61% apresentando baixa conectividade significativa.
Recentemente, dados de 2023 revelaram que 66% da população idosa está conectada, mas a qualidade do acesso ainda é uma preocupação. A falta de conectividade significativa compromete a utilização plena dos serviços digitais, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que estão cada vez mais digitalizados. Essa situação levanta questões sobre a real inclusão digital e a eficiência dos serviços oferecidos.
A exclusão digital é apenas uma faceta do idadismo, um preconceito que marginaliza os mais velhos, associando o envelhecimento à obsolescência. Um estudo da Organização Pan-Americana da Saúde aponta que metade da população mundial discrimina pessoas idosas, o que se reflete em baixa empregabilidade e pouca representação em espaços de poder. Essa marginalização não só limita o acesso a serviços, mas também impede que os idosos contribuam ativamente para a sociedade.
Iniciativas como o projeto Transborda 60+, desenvolvido pelo Olabi, demonstram que o letramento digital pode melhorar a autoestima e a saúde mental dos idosos. Ao aprender a usar tecnologias, como smartphones e aplicativos, eles não apenas acessam recursos, mas também recuperam o sentimento de pertencimento e ampliam suas conexões sociais. Estudos recentes indicam que o uso de tecnologias pode até reduzir o risco de comprometimento cognitivo, desafiando a ideia de que a exposição digital é prejudicial.
Garantir o letramento digital para a população idosa é uma forma de cuidado preventivo. Investir em formação digital e adaptar interfaces são ações que promovem um envelhecimento saudável e digno. O envelhecimento da população brasileira deve ser visto como uma conquista civilizatória, com potencial para impulsionar a inovação. Dados da consultoria Hype50+ mostram que a população acima dos 50 anos movimenta R$ 1,6 trilhão por ano no Brasil, mas ainda se sente invisível para marcas e governos.
Integrar os idosos ao ambiente digital não é apenas garantir acesso à internet, mas também desenvolver tecnologias que considerem suas necessidades e experiências. A inclusão digital é uma questão de justiça e uma estratégia essencial para o futuro. Projetos que promovem a inclusão digital devem ser apoiados pela sociedade civil, pois a união pode transformar a realidade de milhões de brasileiros, permitindo que compartilhem suas histórias e saberes.

O fotógrafo José Afonso Silva Junior lança o fotolivro "Suíte master e quarto de empregada", que retrata a desigualdade entre os espaços de moradia de empregadas domésticas e seus patrões. A obra, que dialoga com a emenda constitucional nº 72, visa ampliar a conscientização sobre direitos trabalhistas.

No dia 21 de junho, o Sesi Lab em Brasília inaugurará as exposições "Mundos Imaginários" e "Brinquedos Esquecidos: o Lúdico Reinventado", com entrada gratuita, promovendo criatividade e empreendedorismo juvenil. As mostras, parte da Feira do Empreendedorismo da FashionTeen, oferecem uma experiência sensorial e educativa, reunindo famílias e educadores em um ambiente lúdico e artístico.

Brasília celebrou o Dia Mundial da Diversidade Cultural com um festival musical gratuito na Praça dos Três Poderes, reunindo cerca de 20 mil pessoas para uma maratona de atividades culturais e shows de artistas renomados. O evento, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), em parceria com o Supremo Tribunal Federal e o Instituto Integra Mais Um, incluiu apresentações de grandes nomes como Maria Gadú e Ana Castela. Além dos shows, o festival ofereceu oficinas e rodas de bate-papo, promovendo o diálogo intercultural e a valorização das identidades culturais do Brasil.

Jorge Soares, paciente de 74 anos em tratamento de câncer, teve um momento especial ao receber a visita de sua poodle Mel, destacando a importância do projeto OncoPet no Hospital Regional de Taguatinga. A iniciativa, coordenada pelo psicólogo Fernando Cabral, promove o bem-estar emocional dos pacientes por meio da interação com animais, contribuindo para uma recuperação mais humanizada e rápida.

O STF analisa a constitucionalidade da Resolução nº 487 do CNJ, que determina tratamento em liberdade para pessoas com transtornos mentais em conflito com a lei, em meio a condições precárias nos manicômios. A desinstitucionalização avança lentamente, com mais de duas mil pessoas ainda internadas.

O Retiro dos Artistas não realizará sua tradicional festa junina novamente, mas iniciará obras de revitalização em parceria com o Sesc Rio de Janeiro, transformando o espaço em um centro cultural.