Pesquisadores utilizam tomografia para digitalizar acervos arqueológicos, preservando virtualmente itens após incêndios devastadores em museus, como o do Instituto Butantan e o Museu Nacional. A digitalização garante a continuidade da pesquisa científica e a proteção do patrimônio cultural.
Em maio de 2010, um incêndio no Instituto Butantan, causado por um curto-circuito, destruiu uma das mais importantes coleções de serpentes do mundo, resultando na perda de mais de oitenta mil espécimes, além de aranhas e escorpiões. O professor Paulo Lotufo, superintendente de Saúde da USP, expressou seu choque com a destruição do patrimônio, que não teve amostras de DNA preservadas. Na época, Lotufo estava à frente do Hospital Universitário da USP, que havia recebido tomógrafos computadorizados de alta definição, e logo pensou em aplicar essa tecnologia para preservar acervos científicos.
Lotufo contatou o bioantropólogo Walter Neves, que enviou o pesquisador Rodrigo de Oliveira para testar a digitalização de materiais do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos. Neves, conhecido por seus estudos sobre o esqueleto de Luzia, um dos fósseis humanos mais antigos das Américas, inicialmente hesitou em usar tomografia devido à qualidade das imagens. Contudo, a capacidade dos tomógrafos do hospital permitiu a digitalização de crânios e outros materiais, levando a um projeto de virtualização de acervos arqueológicos.
André Strauss, coordenador do projeto, destacou que a digitalização gera um backup virtual de acervos que são patrimônio da humanidade. Desde 2018, o projeto já realizou mais de dez mil tomografias, permitindo a visualização de estruturas internas de ossos e cerâmicas. A digitalização também possibilitou a identificação de lesões ósseas e a descoberta de estruturas em objetos arqueológicos, ampliando as possibilidades de pesquisa e preservação.
Infelizmente, a fragilidade dos acervos foi evidenciada por incêndios em museus, como o Museu Nacional do Rio de Janeiro em 2018, que destruiu quase todo o acervo, incluindo o crânio de Luzia. Em 2020, outro incêndio no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG também resultou em perdas significativas. Eduardo Góes Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, enfatizou que a digitalização poderia ter mitigado essas perdas, preservando o potencial científico dos objetos.
Neves também mencionou a importância de garantir a propriedade intelectual e a legitimidade dos acervos digitais, especialmente em um contexto de crescente pressão pela repatriação de coleções arqueológicas. O desafio de gerenciar a transferência de coleções, como as do antigo Banco Santos, que foram resgatadas em condições precárias, destaca a necessidade de um planejamento cuidadoso para a preservação e o retorno de objetos às suas comunidades de origem.
O projeto de virtualização do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP enfrenta o desafio de digitalizar mais de um milhão de itens. Strauss e sua equipe, incluindo estudantes, trabalham na curadoria e no processamento de dados, com foco em culturas específicas. A digitalização não apenas preserva o acervo, mas também permite que pesquisadores de todo o mundo acessem as coleções sem riscos de danos. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir a continuidade desses projetos e a proteção do patrimônio cultural.
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