Terceiro Setor

Inteli busca se tornar referência em educação tecnológica com apoio de grandes doadores e foco em inclusão social

O Inteli, fundado em 2019, busca se tornar uma referência em educação tecnológica no Brasil, com 620 alunos e apoio de doadores como Gerdau e Fundação Behring. A meta é alcançar equilíbrio financeiro em 2024.

Atualizado em
July 4, 2025
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Inteli, em São Paulo: instituto de cursos de tecnologia já conta com 620 estudantes, dos quais a metade são bolsistas (Foto: Filipe Serrano/Bloomberg Línea) - (Filipe Serrano/Bloomberg Línea/Filipe Serrano/Bloomberg Línea)

No hall de entrada do Inteli, em São Paulo, um painel de três metros exibe os nomes de doadores que apoiam a instituição de ensino sem fins lucrativos, fundada por Roberto Sallouti e André Esteves. Entre os principais apoiadores estão a Gerdau, a Fundação Behring e o Instituto MRV. Esses doadores, que incluem algumas das famílias e empresas mais ricas do Brasil, se uniram ao projeto para criar uma faculdade focada em tecnologia e liderança, com o objetivo de se tornar uma referência mundial, similar ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) e à Universidade de Stanford.

O Inteli, que atualmente conta com seiscentos e vinte alunos, busca alcançar o equilíbrio financeiro em dois mil e vinte e quatro. O modelo de doação envolve tanto empresas quanto indivíduos, além de um aumento na renda dos bolsistas. A instituição já formou um total de 795 mil alunos de graduação em 2023, mas apenas 21.700 deles se formaram em cursos de Computação e Tecnologia da Informação, representando menos de três por cento do total.

Os cursos oferecidos pelo Inteli incluem Engenharia da Computação, Engenharia de Software, Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Administração de Empresas com ênfase em tecnologia. A cada ano, cerca de cento e sessenta novos alunos são aprovados, sendo que aproximadamente oitenta são bolsistas. O BTG Pactual financia cinquenta bolsas anualmente, enquanto outros doadores cobrem os custos dos demais alunos. Cada bolsa tem um valor de R$ 125 mil por ano, totalizando cerca de R$ 10 milhões para todos os bolsistas.

O processo seletivo do Inteli é diferenciado, envolvendo uma prova de lógica e matemática, uma avaliação do histórico de vida e atividades extracurriculares, além de uma dinâmica de grupo. Os alunos que se destacam recebem bolsas que cobrem mensalidades, moradia, alimentação e transporte, dependendo das necessidades financeiras. O modelo “adote um aluno” permite que doadores financiem a graduação de um ou mais alunos, com um custo total de R$ 500 mil por aluno.

O impacto do programa de bolsas é significativo. Um levantamento mostrou que os bolsistas tiveram um aumento médio de noventa e dois por cento na renda per capita em relação à família após a graduação. O Inteli se prepara para atingir o ponto de equilíbrio financeiro, com a expectativa de que o crescimento no número de alunos contribua para isso. A instituição também está ampliando suas frentes de receita com cursos de pós-graduação e educação executiva.

Roberto Sallouti, em um encontro com doadores, expressou que o verdadeiro sucesso do Inteli será alcançado quando os ex-alunos se tornarem os novos doadores, garantindo a continuidade do projeto. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas como essa, promovendo a educação e a transformação social no Brasil.

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