Impacto Social

Juíza alerta sobre os perigos da internet para adolescentes e a necessidade de monitoramento familiar

A juíza Vanessa Cavalieri alerta sobre a crescente vulnerabilidade de adolescentes na internet, destacando a ingenuidade das famílias frente aos riscos digitais. Ela enfatiza a necessidade de monitoramento e educação digital para proteger os jovens.

Atualizado em
July 21, 2025
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A juíza Vanessa Cavalieri — Foto: Ana Branco

A juíza Vanessa Cavalieri, responsável pela Vara da Infância e Adolescência do Brasil, alerta sobre a crescente vulnerabilidade de adolescentes na internet. Em sua atuação, ela promove o Protocolo Eu Te Vejo, que visa prevenir a violência nas escolas e conscientizar as famílias sobre os riscos do ambiente digital. Cavalieri destaca que muitos pais ainda não compreendem a gravidade da situação, o que pode levar a consequências devastadoras para os jovens.

Durante uma entrevista, a juíza expressou sua preocupação com a ingenuidade das famílias em relação ao uso da tecnologia. Ela enfatiza que, assim como não se deve deixar uma criança sozinha na rua à noite, também não se deve permitir que um adolescente fique sozinho em um quarto com um computador sem supervisão. A falta de monitoramento pode abrir portas para aliciadores e criminosos, que utilizam estratégias elaboradas para manipular suas vítimas.

Os dados são alarmantes: o aumento de casos de suicídio, automutilação e violência entre adolescentes, frequentemente originados de interações na internet, tem sido documentado. Cavalieri menciona que grupos extremistas e comportamentos violentos estão se proliferando nas redes sociais, exacerbando a crise de saúde mental entre os jovens. A desconexão emocional, resultante da substituição de interações pessoais por relações virtuais, é um fator crítico nesse cenário.

A juíza também defende a proibição do uso de celulares nas escolas, argumentando que a ausência de interação face a face prejudica o desenvolvimento social dos adolescentes. Ela alerta que, enquanto as crianças estão imersas em seus dispositivos, o tempo de convivência e aprendizado social é perdido, criando um vazio que pode ser explorado por aliciadores.

Os criminosos, em sua maioria adolescentes, utilizam plataformas como TikTok e Discord para se conectar com suas vítimas. Eles buscam jovens vulneráveis, frequentemente aqueles que já enfrentam problemas emocionais. A partir de elogios e conversas aparentemente inocentes, esses aliciadores estabelecem um vínculo que pode culminar em chantagens e abusos. Cavalieri destaca que a maioria das vítimas são meninas jovens, que se tornam presas fáceis para esses predadores.

Para enfrentar essa situação, é fundamental que as famílias se unam e busquem formas de proteger seus filhos. A conscientização sobre os perigos da internet e a implementação de medidas de segurança são essenciais. Projetos que promovam a educação digital e o apoio a vítimas de violência online devem ser incentivados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na vida de muitos jovens em risco.

Globo.com
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