Lina Bo Bardi, arquiteta de renome, projetou a icônica Casa de Vidro, que atrai 1,3 mil visitantes mensais. A Casa de Vidro, primeira obra de Lina no Brasil, reflete sua visão de arquitetura orgânica e social, integrando natureza e comunidade. Mantida pelo Instituto Bardi, a residência é um marco de inovação e funcionalidade, destacando-se por seus espaços amplos e transparência. Lina, que preferia projetos públicos, deixou um legado significativo, mesmo com poucas obras executadas.
A arquiteta Lina Bo Bardi, reconhecida por sua abordagem orgânica e social na arquitetura, realizou apenas três projetos residenciais, sendo a Casa de Vidro, no Morumbi, seu primeiro trabalho no Brasil. Construída em 1952, a casa foi projetada para ser um espaço de convivência, onde Lina e seu marido, Pietro Maria Bardi, puderam explorar sua visão artística. A Casa de Vidro, que se destaca pela transparência e integração com a natureza, é mantida pelo Instituto Bardi e recebe cerca de mil e trezentos visitantes mensalmente.
A Casa de Vidro, com seus novecentos e noventa e nove metros quadrados, é um exemplo da fluidez e acolhimento que caracterizam a obra de Lina. O imóvel, sustentado por pilotis metálicos, apresenta um design que evita excessos, com um piso de pastilhas de vidro azuis e móveis desenhados pela própria arquiteta. A decoração eclética inclui peças de diversas culturas, refletindo a personalidade única de Lina e seu amor pela arte.
Além da Casa de Vidro, Lina Bo Bardi projetou a residência de sua amiga Valéria Cirell e a casa do Chame-Chame, em Salvador, que foi demolida. No entanto, sua verdadeira paixão estava nas construções de uso público, como o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e o Teatro Oficina. Ela acreditava que a arquitetura deveria servir ao povo, criando espaços que promovem a interação social e a cultura.
O Instituto Bardi, fundado em 1990, preserva o legado de Lina, que faleceu em 1992. O acervo do casal foi doado ao instituto, que se tornou uma entidade autossustentável. A Casa de Vidro foi tombada pela Prefeitura, pelo estado e pela União, garantindo sua proteção e valorização como patrimônio cultural. A obra de Lina, embora limitada em número, é reconhecida por sua relevância e inovação no cenário arquitetônico brasileiro.
O impacto da Casa de Vidro vai além de sua estrutura física; ela representa a visão de uma arquiteta que buscava integrar arte, natureza e comunidade. A escada que balança ao ser percorrida é um exemplo da interação sensorial que Lina desejava proporcionar aos visitantes. A forma como a casa se conecta com o jardim e o ambiente ao redor reflete seu compromisso com a harmonia entre o homem e a natureza.
Iniciativas que promovem a preservação e valorização de obras como a Casa de Vidro são essenciais para manter viva a memória de Lina Bo Bardi e sua contribuição à arquitetura. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar projetos que buscam revitalizar espaços culturais e sociais, garantindo que legados como o de Lina continuem a inspirar futuras gerações.
O governo liberou R$ 7,9 milhões para o Festival Pelourinho Cultural, que terá programação gratuita em Salvador, com shows, oficinas e espetáculos, promovendo a cultura baiana. A iniciativa busca fortalecer a identidade cultural local.
Festival É Tudo Verdade celebra 30 anos com 85 documentários gratuitos em São Paulo e Rio de Janeiro, promovendo reflexão e combate às fake news. Amir Labaki destaca a evolução do gênero.
Festival Amazônico e Ocupação Manoel Cordeiro celebram cultura do Norte do Brasil com shows, oficinas e exposições. Destaque para Fafá de Belém e a Guitarrada do Pará. Eventos gratuitos e pagos.
A exposição "Superfine: Tailoring Black Style" no Met Costume Institute revela a evolução do dandyismo negro, destacando sua transformação de símbolo de escravidão a expressão de identidade e resistência. A mostra, que abre ao público em dez de maio, explora mais de três séculos de representações artísticas, evidenciando a complexidade da moda e da cultura negra na arte europeia.
Miriam Alves, Cuti e Oswaldo de Camargo, ícones da literatura afro-brasileira, se reunirão no festival Poesia no Centro para discutir a relevância dos "Cadernos Negros" e a luta racial na literatura.
Os portões de ferro e madeira do Museu da República passarão por restauração, iniciando nesta semana, como parte do projeto RevivaRio, em parceria com a Equinor e o Instituto Carioca Cidade Criativa. O restauro visa preservar as características originais e repondo elementos ornamentais, utilizando técnicas da época. A fechadura da porta de ferro, datada de mil oitocentos e sessenta e quatro, é um detalhe notável. O museu continuará aberto, com acesso pelo jardim.