Impacto Social

Meta desenvolve pulseira que controla computadores com a intenção de movimento, sem necessidade de toque físico

Pesquisadores da Meta desenvolveram uma pulseira experimental que controla computadores com movimentos da mão, utilizando sinais elétricos dos músculos, permitindo interação sem toque físico. A tecnologia visa beneficiar pessoas com deficiência motora e promete revolucionar a forma de interação com dispositivos.

Atualizado em
July 25, 2025
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Com um toque do polegar contra o indicador, você pode abrir um aplicativo no seu computador — Foto: Laboratórios de Realidade, Meta

A Meta, empresa responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, apresentou um protótipo inovador: uma pulseira que permite controlar computadores por meio de movimentos da mão. Este dispositivo experimental, que se assemelha a um relógio de pulso, utiliza sinais elétricos dos músculos para possibilitar interações sem toque físico. Com um simples giro do pulso, o usuário pode mover o cursor do computador, abrir aplicativos ao tocar o polegar no indicador e até escrever no ar, com as letras aparecendo na tela do celular.

Desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Meta, a pulseira detecta impulsos elétricos gerados pelos músculos ao mover os dedos, antecipando a intenção do usuário antes mesmo de realizar o movimento. Thomas Reardon, vice-presidente de pesquisa da Meta, destaca que a tecnologia permite que o usuário controle o cursor apenas com a intenção de se mover, sem a necessidade de um movimento físico real.

A pulseira faz parte do esforço da Meta para criar tecnologias que eliminem a necessidade de toque físico, oferecendo formas mais intuitivas de interação com dispositivos. Ao contrário de soluções mais invasivas, como implantes cirúrgicos, a pulseira é uma alternativa não invasiva que pode ser utilizada por qualquer pessoa. A equipe de Reardon utilizou inteligência artificial para identificar padrões elétricos durante os movimentos, tornando o sistema mais eficiente e acessível a novos usuários.

A tecnologia emprega eletromiografia (EMG), que capta sinais elétricos dos músculos do antebraço. Esses sinais são suficientemente fortes para serem lidos pela superfície da pele e se propagam mais rapidamente que os movimentos físicos. Essa abordagem já é utilizada por amputados para controlar próteses, mas sua aplicação como interface computacional ainda está em desenvolvimento. O protótipo foi testado por dez mil pessoas, e a equipe conseguiu fazer com que o sistema funcionasse imediatamente com novos usuários.

Recentemente, a pulseira foi demonstrada controlando uma versão experimental de óculos inteligentes da Meta, que podem tirar fotos, gravar vídeos e descrever o ambiente ao redor. Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon estão testando o dispositivo com indivíduos que sofreram lesões medulares, mostrando que mesmo aqueles com mobilidade limitada podem utilizar a tecnologia ao ativar algumas fibras musculares.

Com a intenção de se mover, mesmo sem realizar o gesto, o dispositivo reconhece o padrão elétrico gerado. Essa inovação pode transformar a forma como interagimos com a tecnologia, especialmente para pessoas com deficiência. Projetos como esse devem ser estimulados pela sociedade civil, pois podem oferecer novas oportunidades e melhorar a qualidade de vida de muitos.

Globo.com
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