Clarisse Cunha Linke, do ITDP Brasil, destaca que o transporte público no Brasil deve promover justiça social, mas atualmente exclui os mais vulneráveis, exigindo governança integrada e alocação equitativa de recursos.

A mobilidade urbana no Brasil é um reflexo das desigualdades sociais e raciais que permeiam o país, conforme destacou Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil). Durante o evento “Caminhos do Brasil”, promovido pelos jornais O GLOBO e Valor e pela rádio CBN, Linke enfatizou que o transporte público deveria ser um meio de promover justiça social, mas atualmente exclui os mais necessitados.
Linke apontou que as populações que residem em áreas distantes dos centros urbanos, especialmente nas regiões metropolitanas, enfrentam longos deslocamentos, tarifas elevadas e infraestrutura inadequada. Ela afirmou que muitos cidadãos estão submetidos a um sistema de transporte precarizado, onde o tempo de deslocamento pode chegar a três horas, enquanto deveria ser de apenas quinze minutos. Essa situação resulta na diminuição do número de passageiros e no aumento do uso de veículos particulares, como motos.
A executiva observou que a migração para o uso de aplicativos de transporte, como o “moto táxi”, é frequentemente uma questão de segurança, especialmente para mulheres que vivem em áreas periféricas. Linke ressaltou que a raiz do problema reside na qualidade dos projetos de transporte e na falta de uma estrutura institucional que articule soluções eficazes. A governança fragmentada entre Estados, municípios e a União dificulta a integração dos sistemas de transporte.
Para Linke, é essencial promover uma maior coordenação entre os diferentes níveis de governo e implementar mecanismos que permitam ouvir as vozes da população que enfrenta diariamente um transporte caro e inseguro. Ela defendeu que a alocação de recursos deve ser feita de forma justa, priorizando as regiões mais vulneráveis, evitando a concentração de investimentos nas áreas mais ricas.
Linke também destacou que a mobilidade urbana deve ser tratada como um direito, e não apenas como um negócio privado. Para garantir uma “transição justa” na mobilidade, é fundamental que os estudos e projetos considerem dados desagregados de raça e renda, atendendo às necessidades das comunidades mais afetadas.
Nessa perspectiva, a união da sociedade civil pode ser crucial para transformar a realidade do transporte público no Brasil. Projetos que visem melhorar a mobilidade urbana e garantir acesso igualitário podem ser impulsionados por iniciativas coletivas, promovendo um futuro mais justo e acessível para todos.

Museu Nacional reabre parcialmente após incêndio devastador em 2018, permitindo visitas a três salões recuperados, incluindo o esqueleto de um cachalote. A reabertura total está prevista para 2027-2028.
O Governo Federal anunciou a licitação para o Sistema de Abastecimento de Água na Comunidade Riacho da Volta, em Timbaúba dos Batistas, com investimento de R$ 1 milhão para 147 famílias. O projeto visa democratizar o acesso à água e promover desenvolvimento no semiárido nordestino.

Estudo revela que 90% dos adultos acreditam que jovens carecem de suporte emocional no ambiente digital, com 70% defendendo psicólogos nas escolas. Apenas 20% dos pais planejam usar controle digital.

O Censo do IBGE revelou que pessoas com deficiência enfrentam barreiras significativas na educação, com destaque para os 2,4 milhões de diagnósticos de autismo no Brasil. Maria Eduarda, uma estudante com deficiência, exemplifica a luta por inclusão e autonomia em sua trajetória educacional.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância, criando um banco de dados unificado para crianças de 0 a 6 anos, com uma caderneta digital. A iniciativa visa integrar áreas como saúde e educação, permitindo que pais e gestores acessem informações essenciais sobre o desenvolvimento infantil, promovendo respostas mais rápidas e eficazes para combater desigualdades.

O Ceasa do Grande ABC, em Santo André, receberá um investimento de R$ 259 milhões para expansão, aumentando boxes e criando um mercado municipal, com previsão de operação em 2026 e geração de 32 mil empregos.