Impacto Social

Mulheres ocupam mais espaço nas universidades, mas enfrentam desigualdade salarial no mercado de trabalho

Em 2024, mulheres no Brasil ganham, em média, 20,9% menos que homens, com disparidade maior para negras. Apesar de maior confiança, obstáculos estruturais ainda limitam suas carreiras.

Atualizado em
May 24, 2025
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Mesmo nos postos mais altos, onde se exige qualificação e experiência, a remuneração permanece desigual (VEJA.com/Thinkstock/Thinkstock)

Em 2024, as mulheres no Brasil enfrentam uma disparidade salarial significativa, recebendo, em média, 20,9% menos que os homens. Essa diferença é ainda mais acentuada entre as mulheres negras, que têm uma média salarial de R$ 2.864,39, em comparação aos R$ 4.745,53 recebidos pelos homens. Apesar de uma maior presença feminina nas universidades e em cursos de desenvolvimento, a desigualdade persiste, refletindo obstáculos estruturais que afetam suas carreiras.

Um relatório dos ministérios do Trabalho e das Mulheres revela que, mesmo com a crescente confiança das mulheres em suas competências, a diferença salarial em cargos de liderança é alarmante. As mulheres líderes ganham, em média, 27% menos que seus colegas homens. Essa situação se torna ainda mais crítica quando se considera que 54% das mulheres em posições de liderança afirmam confiar plenamente em suas habilidades, em contraste com 42% dos homens.

Além da desigualdade salarial, as mulheres brasileiras dedicam, em média, 21,3 horas semanais a tarefas domésticas, quase o dobro do tempo que os homens, que gastam 11,7 horas. Essa carga desproporcional de responsabilidades domésticas impacta diretamente o tempo disponível para o desenvolvimento profissional e a ascensão em suas carreiras.

A participação feminina em cargos de chefia tem avançado lentamente, passando de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse crescimento, embora positivo, ainda é insuficiente para eliminar a disparidade salarial e garantir igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.

O cenário atual destaca a necessidade urgente de ações que promovam a equidade de gênero no ambiente corporativo. A sociedade civil deve se mobilizar para apoiar iniciativas que visem reduzir essa desigualdade, promovendo a inclusão e valorização das mulheres em todas as esferas profissionais.

Nossa união pode fazer a diferença na luta por igualdade salarial e oportunidades justas. Projetos que busquem apoiar mulheres em suas carreiras e promover a equidade de gênero merecem ser incentivados e divulgados, contribuindo para um futuro mais justo e igualitário.

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