Cultura

Netflix investe R$ 5 milhões na revitalização da Cinemateca Brasileira e busca parcerias para preservação cultural

Netflix patrocina reforma de R$ 5 milhões na Cinemateca Brasileira. A parceria visa revitalizar a sala Oscarito e atrair mais investimentos para a preservação do cinema nacional.

Atualizado em
April 10, 2025
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Sede da Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, em São Paulo - (Daniela Matias e Daniel Dantas/Divulgação)

A Netflix anunciou um patrocínio de R$ 5 milhões para a revitalização da Cinemateca Brasileira, localizada em São Paulo. O investimento será destinado à reforma da sala de cinema Oscarito, captado por meio da Lei Rouanet, que oferece incentivos fiscais a empresas que apoiam projetos culturais. A vice-presidente de conteúdo, Elisabetta Zenatti, destacou a importância dessa parceria, esperando que ela inspire outras empresas a se unirem a iniciativas de preservação do patrimônio cinematográfico nacional.

A sala Oscarito, inaugurada em mil novecentos e noventa e sete, foi a primeira a ser instalada na sede atual da Cinemateca. A reforma prevista incluirá adequações às legislações vigentes, melhorias nas instalações técnicas, modernização do sistema de climatização e acessibilidade, além da adoção de novas tecnologias. Maria Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca Brasileira, enfatizou que o objetivo é transformar o espaço em uma "sala de referência" no setor audiovisual.

Essa colaboração com a Cinemateca representa a primeira vez que a Netflix utiliza o mecanismo federal de fomento à cultura desde sua chegada ao Brasil. Mariana Polidorio, diretora de Políticas Públicas da Netflix no Brasil, explicou que a Cinemateca, embora receba parte de seu financiamento do orçamento federal, necessita de recursos adicionais por meio de parcerias privadas para garantir sua sustentabilidade.

O projeto totaliza R$ 30 milhões, englobando diversas restaurações na Cinemateca, como recuperação de alvenarias e climatização de áreas técnicas e de pesquisa. Até o momento, foram captados R$ 6 milhões, incluindo o aporte da Netflix e do Itaú. Um investimento adicional de R$ 10 milhões está em negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A diretora-geral da Cinemateca, Maria Dora Mourão, afirmou que as obras só terão início quando pelo menos 50% dos recursos necessários forem garantidos, prevendo que a reforma comece no final do ano. A Cinemateca Brasileira, fundada em mil novecentos e quarenta e seis, possui o maior acervo de filmes da América do Sul, com mais de 60 mil títulos e um milhão de documentos que registram a história do audiovisual nacional.

Desde sua reabertura ao público em dois mil e vinte e dois, após um longo período de fechamento, a Cinemateca tem buscado expandir seus projetos de restauração. Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, que pode contribuir para a preservação da cultura e da história do cinema brasileiro, garantindo que espaços como a Cinemateca continuem a existir e a prosperar.

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