Inaugurada a sala Luzes de África no Museu Nova Friburgo, a exposição permanente revela a contribuição histórica dos negros na formação da cidade, com 25 peças do século XIX. A iniciativa busca reparar o apagamento da história negra, destacando seu legado cultural e social.
A colonização de Nova Friburgo, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, teve início em 1818, quando D. João VI autorizou a chegada de cem famílias suíças. A cidade, conhecida como a "Suíça Brasileira", recebeu o título oficialmente pela lei 14.910/2024, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo, a história da cidade é mais complexa, pois a presença de negros na região remonta a períodos anteriores, sendo fundamental para a formação do município.
Historiadores e ativistas destacam que, antes da chegada dos suíços, a área já era habitada por portugueses, luso-brasileiros, indígenas e escravizados. A nova sala Luzes de África, inaugurada no Museu Nova Friburgo, busca reparar essa invisibilidade histórica, apresentando uma exposição permanente com 25 peças do século XIX que evidenciam a contribuição dos negros na construção da cidade.
A exposição, aberta ao público no último sábado, inclui máscaras, esculturas, joias, documentos e relatos orais, todos representativos da cultura negra. Vanessa Cristina Melnixenco, historiadora da Fundação D. João VI, enfatiza que a narrativa oficial frequentemente ignora a presença negra, que foi significativa desde a época da Fazenda do Morro Queimado, onde os negros chegaram como escravizados de diversas regiões da África.
Em 1872, a população de Nova Friburgo era de aproximadamente 20.706 habitantes, dos quais mais de 6.600 eram negros, representando 32% do total. Atualmente, dos cerca de 189 mil moradores, 63,5 mil se identificam como pretos ou pardos, o que corresponde a 33% da população. O novo museu, que visa contar a história de todos os povos que contribuíram para a formação da cidade, dedica um espaço especial à contribuição negra.
O espaço dedicado aos negros foi criado após a montagem do espaço dos alemães, e o museu está localizado em um casarão que pertenceu ao Barão de Nova Friburgo, um conhecido escravocrata. Melnixenco sugere que o apagamento da história negra está ligado à vergonha do passado escravagista, refletido até mesmo no hino da cidade, que exalta apenas os imigrantes suíços.
Iniciativas como a sala Luzes de África são essenciais para recontar a história de Nova Friburgo e reconhecer a diversidade cultural da cidade. Projetos que promovem a valorização da história e da cultura negra devem ser apoiados pela sociedade civil, pois ajudam a construir uma memória mais justa e inclusiva para todos os cidadãos.
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