O Pará se prepara para a COP30 com novas regras para o Fundo Estadual de Meio Ambiente, prevendo R$ 1 bilhão a mais para ações sustentáveis, destacando a responsabilidade ambiental e a transparência nas políticas públicas.
Sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém, o estado do Pará implementou novas regras para financiar seu Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema). Essas diretrizes visam servir de modelo para outras regiões e destinam parte dos recursos provenientes de taxas sobre a exploração de recursos hídricos e minerais para ações ambientais. A expectativa é que o estado receba R$ 1 bilhão a mais para avançar em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
Uma das principais inovações é a Lei de Responsabilidade Ambiental, que estabelece a necessidade de planejamento e transparência nas políticas públicas voltadas ao meio ambiente e à bioeconomia. Essa lei define metas e resultados que garantem a execução de ações e serviços públicos relacionados à sustentabilidade. Entre as 19 ações a serem apoiadas estão a capacitação de agentes públicos e a redução do desmatamento ilegal.
O governador Helder Barbalho (MDB) destacou que o grande mérito do pacote legislativo é a criação de uma solução de autofinanciamento para a agenda ambiental do estado. As novas regras asseguram percentuais fixos de impostos ao setor, independentemente das políticas de governo. Assim, 50% da Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Exploração e Aproveitamento de Recursos Hídricos (TFRH) e 10% da Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM) serão direcionados a projetos ambientais.
Além disso, 30% das Transferências de Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Naturais, que são royalties pagos pela União, também serão destinados a iniciativas ambientais. Essa abordagem reforça o princípio de que quem polui deve contribuir para a preservação do meio ambiente. A destinação compulsória de recursos proporciona previsibilidade orçamentária e autonomia para os órgãos ambientais, permitindo a execução de ações de longo prazo.
As leis aprovadas no Pará estão alinhadas com modelos modernos de financiamento que buscam a sustentabilidade a longo prazo. A definição de metas é crucial para manter o foco nas iniciativas e facilitar a avaliação de resultados. Com os objetivos claros e os recursos garantidos, o governo do Pará terá a responsabilidade de formular políticas ambientais eficazes, sendo a gestão pública um elemento essencial nesse processo.
Iniciativas como essas devem ser apoiadas pela sociedade civil, que pode contribuir para fortalecer projetos voltados à proteção ambiental e à sustentabilidade. A união de esforços pode fazer a diferença na implementação de ações que beneficiem o meio ambiente e a comunidade.
Novo Acordo de Reparação destina R$ 11 bilhões para universalizar o saneamento na bacia do Rio Doce até 2033, com foco em água potável e esgoto tratado. Governos e empresas se unem para reverter danos históricos.
Startups Solos e So+ma se uniram à Heineken para promover a reciclagem de garrafas de vidro na Bahia, visando a circularidade total até 2028. A parceria conecta consumidores e catadores, ampliando o impacto sustentável.
Uma mancha escura de coloração verde-escura atingiu a orla da Barra da Tijuca, originando-se no Canal da Joatinga e preocupando os praticantes de esportes aquáticos na Praia do Pepê. A situação está sendo monitorada.
O Ibama investirá R$ 178 mil na aquisição de novos fuzis para intensificar o combate ao crime organizado na Amazônia, após receber R$ 825 milhões do Fundo Amazônia, o maior aporte da história do fundo. Essa ação visa fortalecer a fiscalização ambiental e o controle do desmatamento ilegal, em resposta ao desmonte sofrido durante a gestão de Jair Bolsonaro.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve aprovar o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% e do biodiesel no diesel para 15%, com impactos positivos na economia e no meio ambiente. A medida pode reduzir o preço da gasolina em até R$ 0,13 por litro e aumentar a demanda por soja e biodiesel, promovendo empregos e renda na agricultura familiar.
Estudo revela que a vazão dos rios do cerrado caiu 27% desde a década de 1970, resultando em uma grave crise hídrica. O desmatamento e as mudanças climáticas são os principais responsáveis pela redução.