Cerca de 12,7 milhões de brasileiros enfrentam pobreza energética, utilizando lenha para cozinhar, o que compromete saúde e economia. O governo planeja expandir o auxílio-gás para 20 milhões de famílias.

A pobreza energética no Brasil continua a ser um desafio significativo, com uma pesquisa recente revelando que 17% dos lares brasileiros ainda utilizam lenha ou carvão para cozinhar. Essa prática não apenas compromete a saúde das famílias, mas também impacta negativamente a economia doméstica. O estudo, realizado pela Plataforma de Transição Justa, destaca a urgência de políticas públicas, como o auxílio-gás, que visa aumentar o acesso ao gás de cozinha e conscientizar sobre os riscos associados ao uso de lenha.
O uso de fogões à lenha é especialmente prevalente em regiões como o Norte e o Nordeste, onde 30% e 24% dos lares, respectivamente, ainda dependem dessa fonte de energia. A pesquisa também revelou que, em algumas áreas urbanas do Sudeste, a lenha é utilizada em combinação com outras fontes, como eletricidade e gás. A situação é alarmante, com 12,7 milhões de brasileiros vivendo em condições de pobreza energética, o que significa acesso inadequado a fontes de energia.
Patrícia Soares, uma mãe de nove filhos de Pedra Azul, em Minas Gerais, exemplifica essa realidade. Para economizar no gás, ela e seus filhos caminham até uma mata para coletar lenha, uma atividade que consome 18 horas por semana. A inalação da fumaça gerada pela queima de lenha pode causar sérios problemas de saúde, como doenças pulmonares e dores nas costas, evidenciando a necessidade de alternativas mais seguras.
Além dos riscos à saúde, o uso de lenha contribui para a poluição do ar, emitindo gases nocivos como monóxido de carbono e formaldeído. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2020, 3,2 milhões de pessoas morreram globalmente devido à poluição doméstica. Especialistas apontam que a falta de informação e hábitos enraizados dificultam a transição para fontes de energia mais limpas e seguras.
O programa Gás para Todos, que subsidia a compra de botijões de gás para milhões de famílias, é uma tentativa do governo de mitigar essa situação. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deve anunciar um novo auxílio-gás que beneficiará 20 milhões de famílias, com um custo estimado de R$ 5 bilhões. A proposta inclui a criação de um voucher específico para a compra de gás, semelhante a iniciativas bem-sucedidas em outros países.
Com a COP30 se aproximando, a discussão sobre transição energética e mudança climática ganha relevância. A substituição da lenha por eletricidade poderia resultar em uma economia significativa para as famílias. Nossa união pode ajudar a promover projetos que visem a melhoria das condições de vida dessas famílias, incentivando a adoção de fontes de energia mais seguras e sustentáveis.

Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro, faleceu aos 81 anos, deixando um legado de reflexões sobre justiça social e preservação ambiental, reafirmando sua paixão pela fotografia até o fim.

Após a viralização de um vídeo sobre a adultização de crianças, o PL 2628/2022, que visa proteger a infância na internet, pode ser votado na próxima quarta-feira. O presidente da Câmara, Hugo Motta, se comprometeu a acelerar sua tramitação.

Pesquisadores propõem classificar o uso excessivo de redes sociais como transtorno psiquiátrico, com potencial inclusão no DSM e CID, visando impactar diagnósticos e políticas de saúde mental.

Ministro da Previdência, Wolney Queiroz, recebeu pedido do MPF para ressarcir cidadãos vulneráveis com descontos indevidos em até 30 dias, além de garantir atendimento presencial. A medida visa melhorar o acesso a serviços essenciais.

A icônica foto "Serra Pelada" de Sebastião Salgado foi selecionada pelo The New York Times como uma das 25 imagens que definiram a modernidade desde 1955, destacando a exploração no garimpo brasileiro. A imagem, que retrata milhares de trabalhadores em uma mina de ouro no Pará, chamou a atenção global para as condições de trabalho na década de oitenta. Salgado, que defende seu olhar sobre a realidade social, enfatiza que suas fotos refletem sua vivência no terceiro mundo.

O Brasil enfrenta um grave déficit na assistência psiquiátrica, com uma queda de 53% nos leitos do SUS e um aumento de 19% no setor privado, deixando os mais pobres sem acesso a cuidados adequados. A situação se agrava com o aumento de transtornos mentais pós-pandemia, evidenciando um abismo assistencial que privilegia os ricos.