A exposição "Jaraguá Kunhague Ouga’a" no Museu do Futebol celebra a luta e a cultura das mulheres Guarani Mbyá, destacando sua resistência e espiritualidade através do futebol, com a ampliação do território para 532 hectares. A mostra, que reúne fotografias, vídeos e objetos, é um manifesto sobre a vivência do futebol feminino indígena como símbolo de identidade e autonomia política.
No Museu do Futebol, em São Paulo, a exposição "Jaraguá Kunhague Ouga’a" destaca a luta e a cultura das mulheres Guarani Mbyá, celebrando sua resistência e espiritualidade através do futebol. A mostra, que ocorre na Sala Osmar Santos, é um manifesto sobre a vivência do futebol feminino indígena, simbolizando identidade, lazer e autonomia política. Com curadoria das jogadoras Lurdes Yva Potye e Roseane Reté, e co-curadoria da pesquisadora Maíra Vaz Valente, a exposição reúne fotografias, vídeos, objetos e relatos que colocam essas mulheres como protagonistas de sua própria história.
A experiência da mostra inicia-se pela opy, a casa de reza, proporcionando um mergulho no cotidiano e nos rituais do povo Guarani Mbyá. Um dos destaques é a cerimônia do ka’a, que celebra a transição do “tempo velho” para o “tempo novo”. Para essas mulheres, o futebol transcende a competição, sendo um espaço de comunhão, alegria e pertencimento. As jogadoras afirmam: “A gente joga para se encontrar, para rir, para se fortalecer”, evidenciando o espírito coletivo que as move.
Entre os objetos expostos, estão camisas desenhadas pelas jogadoras, inspiradas na arte guarani, representando as cinco equipes femininas da Terra Indígena. O futebol, um espaço tradicionalmente masculino, foi conquistado por essas mulheres através de negociação e resistência, simbolizando uma luta pelo direito de brincar e existir. Muitas delas se tornaram líderes comunitárias, mostrando que o esporte é uma ferramenta de expressão cultural e empoderamento.
A exposição é ainda mais significativa em um momento histórico, pois a Terra Indígena Jaraguá, que por décadas foi a menor do país com apenas 1,7 hectare, foi oficialmente ampliada para 532 hectares. Essa conquista é resultado de anos de mobilização e reconhecimento da presença de sete aldeias, reafirmando a resistência e a luta por direitos territoriais.
"Jaraguá Kunhague Ouga’a" não é apenas uma exposição sobre futebol, mas também sobre espiritualidade, política e afeto. É um convite para que o público repense o papel do esporte nas comunidades indígenas e reconheça as múltiplas camadas de resistência que se manifestam em cada partida. O campo de futebol do Jaraguá é um espaço de memória, força e futuro, onde cada jogo é um ato de afirmação cultural.
A mostra está em cartaz no Museu do Futebol, de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada gratuita às terças-feiras. Projetos como esse merecem apoio e reconhecimento, pois fortalecem a cultura e a identidade das comunidades indígenas. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na promoção e valorização dessas iniciativas, garantindo que vozes e histórias continuem a ser contadas e celebradas.
A Universidade Federal do Pará (UFPA) será sede da "Aldeia COP", que acolherá mais de três mil indígenas durante a Conferência das Partes (COP 30) em Belém, promovendo debates sobre justiça climática. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou que essa será a maior participação indígena na história da COP, com representantes de diversos países da bacia amazônica. A iniciativa visa garantir diálogos diretos com autoridades e ampliar a presença e a qualidade da participação indígena nos debates climáticos.
A partir de 1º de setembro, planos de saúde devem cobrir implante contraceptivo hormonal e radioterapia de intensidade modulada, enquanto inclusão de transplante de membrana amniótica foi adiada para ajustes.
Em julho de 2025, a OPAS e o Brasil reuniram 27 países para criar um Plano de Ação em Inteligência Epidêmica, visando fortalecer a resposta a emergências sanitárias e preparar para futuras pandemias.
Evento gratuito na Praça dos Três Poderes celebra o Dia Mundial da Diversidade com shows de artistas renomados e palestras sobre cultura e economia criativa. A iniciativa visa promover diálogo intercultural e fortalecer a democracia.
Soraia Zonta, fundadora da Bioart Biodermocosméticos, compartilha sua transição de carreira após o Desert Women Summit no Marrocos, destacando sua jornada em beleza limpa e sustentável. Reconhecida pela ONU em química verde, Zonta enfatiza que a formação não define o propósito, mas sim a busca por soluções inovadoras em cosméticos naturais.
A pesquisa revela que 42,7% das mulheres no Brasil não torcem para nenhum time de futebol, refletindo a exclusão histórica do esporte. A Copa do Mundo Feminina de 2027 pode mudar esse cenário.