Impacto Social

Programa Agora Tem Especialistas leva saúde de qualidade a comunidades indígenas da Amazônia brasileira

O programa Agora Tem Especialistas realiza mutirões de saúde em comunidades indígenas da Amazônia, com mais de 12,5 mil atendimentos em uma semana, incluindo cirurgias oftalmológicas e consultas especializadas. Essa iniciativa visa reduzir desigualdades no acesso à saúde e melhorar a qualidade de vida das populações remotas.

Atualizado em
August 8, 2025
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Foto: Rafael Nascimento/MS

O programa Agora Tem Especialistas está promovendo uma ação inovadora em territórios indígenas da Amazônia, oferecendo cirurgias oftalmológicas, consultas e exames de média e alta complexidade. Na Aldeia Belém do Solimões, em Tabatinga (AM), mais de doze mil e quinhentos atendimentos foram realizados em apenas uma semana. Esta aldeia, uma das maiores do Brasil, abriga cerca de dez mil indígenas e recebe o primeiro de cinco mutirões organizados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS).

A iniciativa, que ocorre entre agosto e novembro, visa atender áreas de difícil acesso nos estados do Amazonas, Acre e Mato Grosso. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que as populações dessas regiões enfrentam barreiras significativas para acessar serviços de saúde especializados, um problema que se agravou durante a pandemia. O programa busca reduzir o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS) para esses serviços.

Desde o início do mutirão em 1° de agosto, foram realizadas cento e setenta e oito cirurgias oftalmológicas, mil e oitocentas consultas e dez mil exames, além da entrega de quinhentos e setenta e oito óculos. Aleidinete Guedes Severiano, uma moradora da comunidade, expressou sua gratidão ao receber atendimento especializado pela primeira vez em sua aldeia, ressaltando a importância de não precisar mais viajar longas distâncias para realizar exames.

As especialidades oferecidas incluem oftalmologia, ginecologia, pediatria, clínica geral, ultrassonografia e endoscopia digestiva alta. O mutirão conta com um Centro Cirúrgico Móvel de Saúde Especializada, equipado com tecnologia de ponta, que permite a realização de procedimentos diretamente nas comunidades. As equipes também realizam triagens fluviais em áreas adjacentes, ampliando o alcance dos serviços.

A segunda fase do mutirão começou em 8 de agosto na Aldeia Morada Nova, em Itamarati (AM), que abriga mil e oitocentos indígenas. Outras ações estão programadas para a Aldeia Itacoai, no Vale do Javari (AM), e nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Xavante (MT) e Alto Rio Juruá (AC). O diretor-presidente da AgSUS, André Longo, enfatizou o compromisso em apoiar o Ministério da Saúde para garantir acesso à saúde especializada nas comunidades indígenas.

O acesso à saúde é um desafio constante para os povos indígenas, especialmente na Amazônia, onde muitas comunidades são isoladas. A mobilização de equipes e recursos para atender essas populações é crucial. Projetos como esse devem ser apoiados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na vida de quem mais precisa de assistência e cuidados médicos.

Ministério da Saúde
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