Cresce o número de casos de puberdade precoce, associada à obesidade e estresse, com impactos físicos e emocionais significativos. Especialistas alertam para a necessidade de investigação e tratamento adequado.

A puberdade precoce é um fenômeno em que crianças apresentam sinais de maturação sexual antes das idades consideradas normais, o que pode ter impactos físicos e emocionais significativos. Estudos recentes indicam um aumento nos casos dessa condição, possivelmente associado à obesidade, estresse e novas descobertas genéticas. Normalmente, a puberdade inicia-se entre os oito e treze anos nas meninas e entre os nove e quatorze anos nos meninos, mas quando os primeiros sinais aparecem antes dessas idades, é necessário investigar.
Os sinais de puberdade precoce incluem o crescimento acelerado, aparecimento de pelos pubianos e nas axilas, mudanças na pele e odor corporal mais forte. Nas meninas, o desenvolvimento das mamas é um dos primeiros sinais, enquanto nos meninos, o aumento do pênis e da bolsa escrotal são comuns. O endocrinologista Sonir Antonini destaca que a produção precoce de hormônios, como estrogênio e testosterona, é a causa dessas mudanças, que podem ter consequências sérias para a saúde das crianças.
A puberdade precoce pode ser classificada em central e periférica. Na forma central, o hipotálamo ativa a puberdade antes do esperado, enquanto na periférica, as gônadas produzem hormônios sem a ordem do cérebro. Embora a maioria dos casos não tenha explicação, fatores genéticos podem estar envolvidos. A endocrinologista Ana Claudia Latronico, da Universidade de São Paulo (USP), identificou genes associados à puberdade precoce, sendo o gene MKRN3 o mais comum, transmitido pelo pai.
Além das causas genéticas, a puberdade precoce pode estar relacionada a tumores cerebrais ou malformações no sistema nervoso central. A especialista ressalta que as meninas têm uma taxa de puberdade precoce 20 vezes maior que os meninos, mas quando isso ocorre nos meninos, a chance de uma causa mais grave é maior. A exposição a desreguladores endócrinos, como certos agrotóxicos e hormônios em produtos de higiene, também é uma preocupação crescente.
Os efeitos psicológicos e sociais da puberdade precoce são alarmantes. Crianças que passam por essas mudanças podem enfrentar sexualização precoce, o que pode levar a comportamentos arriscados e problemas emocionais, como ansiedade e depressão. Pesquisas indicam que meninas nessa condição têm maior risco de desenvolver problemas psiquiátricos e metabólicos, além de doenças cardiovasculares. O impacto no crescimento também é significativo, pois a maturação óssea acelera, resultando em estatura final abaixo do esperado.
Embora haja uma percepção de que as crianças estão entrando na puberdade mais cedo, especialistas afirmam que não há evidências concretas de uma mudança na idade média. O aumento dos casos de puberdade precoce, especialmente após a pandemia, pode estar ligado ao aumento da obesidade e do estresse. A leptina, um hormônio produzido pelo tecido adiposo, pode sinalizar ao cérebro para iniciar o desenvolvimento reprodutivo. É essencial que a sociedade se una para apoiar iniciativas que ajudem a investigar e tratar essa condição, garantindo um futuro mais saudável para as crianças afetadas.

O Ministério da Saúde investirá R$ 19 milhões no Hospital da Criança de Maringá, expandindo atendimento pediátrico e implantando oncologia pediátrica. A unidade dobrará cirurgias e internações, tornando-se referência regional.

Desde 19 de maio, a vacinação contra a gripe no Distrito Federal foi ampliada para todos acima de seis meses, resultando em 154.384 novas doses aplicadas. A procura aumentou, mas grupos prioritários devem continuar se vacinando.

Estudo na The Lancet HIV confirma eficácia da PrEP no Brasil, México e Peru, mas destaca desafios entre jovens. A pesquisa, envolvendo mais de nove mil participantes, revela alta adesão e baixos índices de infecção, evidenciando a necessidade de estratégias específicas para populações vulneráveis.

A Fiocruz alerta sobre aumento de mortalidade por influenza A em crianças e idosos, com apenas 32% de cobertura vacinal. Vinte e dois estados estão em alerta para síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Duda, uma criança autista, enfrenta um tumor cerebral em progressão acelerada e necessita de exames caros para tratamento. A família busca apoio financeiro urgente para iniciar a terapia adequada.

O Ministério da Saúde, sob a liderança de Alexandre Padilha, planeja produzir a terapia CAR-T no Brasil, em parceria com os BRICS, para tornar o tratamento oncológico mais acessível pelo SUS. A iniciativa visa reduzir os custos atuais, que superam R$ 3 milhões por paciente, para cerca de R$ 170 mil até 2025, consolidando o país como referência em terapias celulares na América Latina.