Sebastião Salgado, fotógrafo e defensor ambiental, faleceu aos 81 anos, deixando um legado de 50 anos de trabalho em prol da justiça social e da natureza. Ele fundou o Instituto Terra e recebeu diversos prêmios, incluindo o da Organização Mundial de Fotografia. Salgado alertou sobre a perda de biodiversidade e a crise hídrica, enfatizando a importância da conscientização. Mesmo próximo do fim da vida, continuou sua luta pela preservação ambiental, afirmando que sua vida está refletida em suas fotografias.

O fotógrafo Sebastião Salgado faleceu na sexta-feira, 23, aos 81 anos, deixando um legado de 50 anos de carreira. Suas imagens atravessaram fronteiras, denunciando injustiças sociais e celebrando a resistência humana. Em 2024, ele apresentou uma retrospectiva de seu trabalho na Somerset House, em Londres, destacando sua dedicação à proteção da natureza. Salgado afirmou que "a fotografia é o espelho da sociedade".
No ano anterior, Salgado foi homenageado pela Organização Mundial de Fotografia, em Londres, reconhecendo sua contribuição ao longo de sua carreira. Ele também participou da exposição dos Sony World Photography Awards de 2024, onde expressou sua gratidão pelo prêmio, considerando-o "o prêmio pelo trabalho de uma vida". Desde 1998, ele e sua esposa, Lelia, fundaram o Instituto Terra, focado no reflorestamento da Amazônia.
O fotógrafo destacou a perda de 18,2% da Amazônia, atribuindo a destruição à sociedade de consumo e à ganância. Salgado enfatizou a importância da conscientização, afirmando que, se as pessoas se unirem, podem salvar a floresta, essencial para a biodiversidade e para os povos indígenas que nela habitam. Ele também alertou sobre o aquecimento global e a perda de água, mencionando que comunidades na Europa enfrentam escassez de água, um problema que antes era comum apenas na África.
Além disso, Salgado abordou a perda de biodiversidade, afirmando que a velocidade dessa perda é alarmante. Ele citou que a Alemanha perdeu setenta por cento de sua biodiversidade nos últimos 40 anos. Para ele, a falta de informação correta é um dos principais obstáculos para a conscientização das pessoas sobre esses problemas ambientais.
Em sua última fase de vida, Salgado continuou a trabalhar em prol do meio ambiente, sem preocupações com sua imagem. "Só me falta morrer agora", disse ele, refletindo sobre sua trajetória. Ele não se preocupava com como seria lembrado, afirmando que sua vida estava nas fotografias que tirou.
O legado de Sebastião Salgado é um chamado à ação. Sua luta pela preservação ambiental e pela justiça social deve inspirar a sociedade a se unir em projetos que promovam a conscientização e a proteção do nosso planeta. A união em torno de causas ambientais pode fazer a diferença e ajudar a preservar o que ainda resta de nossa biodiversidade.
Ibama capacita 49 profissionais em Ilhéus/BA para emergências ambientais, focando em derramamentos de óleo. A iniciativa visa fortalecer a resposta a crises ambientais no litoral nordestino.

O governo chileno planeja reabrir uma estrada madeireira no Parque Nacional Alerce Costero, ameaçando a sobrevivência da Gran Abuelo, uma árvore de 5.400 anos. O projeto gera controvérsias sobre seu impacto ambiental e a real intenção por trás da obra.

Pesquisadores da Unesp identificaram uma nova espécie de bagre, Imparfinis arceae, na bacia do rio Xingu, após uma década de estudos morfológicos e genéticos, ressaltando a urgência da conservação da biodiversidade.

O cerrado brasileiro registrou uma queda de 20% nos alertas de desmatamento, enquanto a Amazônia teve a segunda menor área destruída desde 2015, apesar de um leve aumento. Dados do Deter mostram avanços na proteção ambiental.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em Assunção, Paraíba, devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. A cidade se junta a 116 reconhecimentos na Paraíba, a maioria por seca.

Entre 2020 e 2023, 83% das cidades brasileiras enfrentaram desastres relacionados a chuvas extremas, afetando 3,2 milhões de pessoas anualmente, um aumento alarmante em relação à década de 1990. Especialistas apontam o aquecimento global como causa.