Meio Ambiente

Aterro sanitário Ouro Verde tem plano de ação emergencial rejeitado e população é alertada sobre contaminação da água

A empresa responsável pelo aterro sanitário Ouro Verde teve seu plano de ação emergencial rejeitado pela Semad, após desabamento que comprometeu a qualidade da água na região. O aterro, que opera irregularmente em Área de Proteção Ambiental, já enfrentou multas e autuações. A Semad exige um novo plano em 24 horas, enquanto a contaminação da água é monitorada.

Atualizado em
June 23, 2025
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Incidente ocorreu no aterro sanitário Ouro Verde em Goiás - (crédito: Reprodução/Floresta Nacional de Brasília)

O plano de ação emergencial da empresa responsável pelo aterro sanitário Ouro Verde foi rejeitado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A decisão ocorreu devido à falta de informações sobre o desvio do manancial, que visa evitar a contaminação da água, e à ausência de assinatura de um responsável técnico habilitado no documento. A secretaria destacou que o plano não abordou a estabilização da pilha de lixo e o destino do resíduo lançado no curso d'água.

Após a rejeição, a Semad exigiu que a empresa apresentasse um novo plano em até 24 horas. Enquanto isso, a qualidade da água na região está sendo monitorada para garantir a segurança do consumo pela população. O consumo de água próximo ao Córrego Santa Bárbara e ao Rio do Sal está proibido, em razão dos riscos de contaminação.

O aterro sanitário Ouro Verde, que opera há seis anos, desabou em 18 de junho, após não suportar a quantidade de resíduos acumulados. Localizado a cerca de nove quilômetros de Brazlândia, o aterro foi instalado irregularmente em uma Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto, em Padre Bernardo, Goiás. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já havia multado o local em 2018 por operar sem autorização.

Em 2023, o aterro voltou a operar e foi alvo de nova fiscalização, resultando na apreensão de três caminhões e em uma multa de aproximadamente R$ 1 milhão. O ICMBio embargou a área e afirmou que o aterro já havia sido autuado por danos ao meio ambiente, incluindo vazamentos de chorume e contaminação de água e fauna local.

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) garantiu que não há risco de contaminação para o sistema hídrico de Brasília. Após uma vistoria técnica, a companhia concluiu que a área de armazenamento dos resíduos está fora dos limites da bacia hidrográfica do Descoberto, assegurando a integridade da captação de água que abastece a capital.

O ICMBio reafirmou seu compromisso com a proteção da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto e com a responsabilização dos envolvidos nas atividades irregulares. Em situações como essa, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação e proteção do meio ambiente e das comunidades afetadas.

Correio Braziliense
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