Em 2025, Vania Galha destaca a urgência de discutir a sexualidade de pessoas autistas, enfatizando a educação sexual desde a infância para promover autonomia e dignidade. A invisibilidade da sexualidade aumenta a vulnerabilidade a abusos.
Apesar dos avanços no entendimento sobre o autismo, a sexualidade das pessoas no espectro continua envolta em mitos e desinformação. Em 2025, a especialista em sexualidade Vania Galha destaca a urgência de discutir esse tema, especialmente no Dia do Orgulho Autista, celebrado em 18 de junho. A data serve como um lembrete da necessidade de abordar a sexualidade autista, que é frequentemente invisibilizada em diversos contextos, como lares, escolas e políticas públicas.
Vania, que recebeu o diagnóstico de autismo na vida adulta, afirma que o orgulho vem da sobrevivência e do direito de viver plenamente. Ela ressalta que a ideia de que pessoas autistas são assexuadas ou infantis é um estigma histórico, que se perpetua devido à falta de compreensão e à exclusão social. A atualização do DSM-5 em 2013, que incluiu a Síndrome de Asperger e eliminou a exigência de deficiência intelectual para o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi um passo importante, mas os estereótipos ainda persistem.
O capacitismo, segundo Vania, contribui para a exclusão das pessoas autistas, focando apenas em suas limitações e ignorando seu potencial. Isso gera barreiras significativas nas relações afetivas e sexuais, levando à negação do desejo ou à hiperssexualização. A invisibilização da sexualidade aumenta a vulnerabilidade dessas pessoas a abusos e sofrimento emocional, especialmente entre as mulheres autistas, que enfrentam riscos elevados de violência sexual.
A especialista aponta que a falta de educação sexual adequada impede que pessoas autistas desenvolvam habilidades essenciais para estabelecer limites e expressar preferências. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a sexualidade um aspecto central da experiência humana, e sua negação compromete a saúde mental, resultando em quadros de ansiedade e depressão.
Vania defende a importância da educação sexual desde a infância, abordando o tema sem tabus. É fundamental ensinar crianças, tanto típicas quanto neurodivergentes, sobre intimidade, consentimento e identificação de pessoas de confiança. Essa abordagem deve ser inclusiva, garantindo que todas as crianças tenham acesso a informações essenciais para sua proteção e desenvolvimento emocional.
Atualmente, Vania combina sua experiência pessoal com seu trabalho na Mentoria Kintsugi, que visa empoderar mulheres autistas. Ela acredita que discutir a sexualidade no contexto do autismo é crucial para garantir dignidade e qualidade de vida. Projetos que promovem a educação e a conscientização sobre a sexualidade autista podem fazer uma diferença significativa na vida de muitas pessoas, ajudando a romper estigmas e promovendo um ambiente mais seguro e acolhedor.
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