A repressão policial contra ambulantes no Brás, São Paulo, intensificou-se após o assassinato de Ngagne Mbaye, com relatos de violência e extorsão sistemática. O Centro Gaspar Garcia documentou 23 casos de abusos desde 2023, evidenciando um padrão de racismo institucional.
Entre janeiro e maio de 2025, o Brás, bairro central de São Paulo, registrou pelo menos oito casos de violência policial contra ambulantes, segundo dados do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos. A repressão se intensificou após o assassinato do senegalês Ngagne Mbaye, ocorrido em abril de 2024, durante uma operação policial. M.*, um amigo de Mbaye, relatou que a Operação Delegada, que visa fiscalizar o comércio informal, tem gerado um clima de medo e violência na região.
M. foi preso em setembro de 2024 ao tentar proteger sua mercadoria e, segundo ele, foi agredido por policiais. O Auto da Prisão em Flagrante não trouxe detalhes sobre as acusações, e M. afirmou que foi acusado de receptação de um celular que nunca teve. Ele ficou detido até a audiência de custódia, onde foi liberado. O relato de M. reflete a experiência de muitos ambulantes que enfrentam abusos e intimidações constantes.
O relatório do Centro Gaspar destaca que a violência policial contra trabalhadores ambulantes aumentou nos últimos anos, com três casos registrados entre novembro e dezembro de 2023 e doze em 2024. As abordagens policiais frequentemente resultam em agressões físicas, prisões arbitrárias e apreensões de mercadorias. Ananda Endo, advogada do Centro Gaspar, enfatiza que a maioria das vítimas são pessoas negras, principalmente migrantes africanos e caribenhos, evidenciando um padrão de racismo institucional.
Casos de extrema violência foram documentados, como o de um ambulante senegalês agredido com um disparo de arma de choque em janeiro de 2025. Outro incidente, em outubro de 2024, envolveu xingamentos racistas por parte de policiais durante uma abordagem. Esses episódios revelam uma prática sistemática de abusos que transformam fiscalizações em atos de violência institucional.
Além da violência, um esquema de extorsão envolvendo policiais foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Policiais cobravam taxas para permitir que ambulantes trabalhassem na região, criando um ambiente de medo e controle. Denúncias indicam que a prefeitura não emite novas autorizações para o comércio informal, forçando muitos a pagar propinas para manter seus pontos de venda.
A Ouvidoria da Polícia de São Paulo recebeu treze denúncias de abusos contra ambulantes entre 2024 e 2025, mas a administração municipal defende a legalidade da Operação Delegada. A Secretaria de Segurança Pública afirma que investigações sobre desvios de conduta estão em andamento. Em meio a essa situação, a solidariedade da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar os trabalhadores afetados e promover mudanças significativas na abordagem policial.
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