O professor Wallace Corbo, primeiro docente negro de Direito Constitucional na Uerj, foi eleito personalidade do ano pelo Prêmio Lumumba, destacando a urgência da representatividade nas universidades. Ele ressalta que a diversidade no corpo docente é crucial para enriquecer o ensino e ampliar debates acadêmicos.
O professor Wallace Corbo foi reconhecido como personalidade do ano na primeira edição do Prêmio Lumumba, promovido pelo Coletivo Negro Patrice Lumumba, formado por estudantes da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Corbo é o primeiro professor negro a lecionar Direito Constitucional na instituição desde o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e foi aprovado em concurso público em 2022.
Com formação completa na Uerj, incluindo bacharelado, mestrado e doutorado, Corbo enfatiza a relevância da representatividade no ensino jurídico. Ele observa que as carreiras jurídicas são majoritariamente ocupadas por pessoas brancas, o que dificulta a identificação de estudantes negros com esses espaços. "Quando percebem haver pessoas como eles bem-sucedidas na área, começam a acreditar que também podem", afirma o professor.
Dados do Censo da Educação Superior de 2023, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelam que apenas 21% dos docentes nas universidades brasileiras se declaram negros, enquanto 59% se identificam como brancos. Na advocacia, o cenário é igualmente desigual: um estudo demográfico da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), divulgado em abril de 2024, indica que apenas 33,3% dos advogados no país são negros, apesar de serem a maioria da população brasileira.
Corbo critica a naturalização da escassez de professores negros nas faculdades de Direito, mesmo em um contexto onde o corpo discente se diversificou significativamente. "Ainda há muito a ser feito para deixarmos de nos surpreender com os 'primeiros' ou os 'únicos'", ressalta. Para ele, a diversidade no corpo docente não apenas melhora a qualidade do ensino, mas também amplia os debates acadêmicos.
O professor argumenta que um corpo homogêneo de professores tende a enxergar menos problemas e a propor menos soluções. "A diversidade enriquece o repertório de temas e incorpora vozes que foram historicamente silenciadas no ensino superior", conclui Corbo, destacando a importância de um ambiente educacional mais inclusivo.
Iniciativas como a de Corbo são essenciais para transformar o cenário educacional e jurídico no Brasil. A união da sociedade civil pode ser um motor poderoso para apoiar projetos que promovam a diversidade e a inclusão, ajudando a criar um futuro mais igualitário para todos.
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