Uma pesquisa recente revela que o zooplâncton, ao migrar para as profundezas do Oceano Antártico, retém carbono equivalente às emissões de 55 milhões de carros, desafiando sua subvalorização ecológica. Cientistas alertam para as ameaças que esses organismos enfrentam devido ao aquecimento global e à pesca comercial.
Uma nova pesquisa revela que o zooplâncton, um organismo marinho frequentemente ignorado, desempenha um papel crucial no combate ao aquecimento global. Ao migrar para as profundezas do Oceano Antártico, esses pequenos seres retêm grandes quantidades de carbono, o que equivale às emissões anuais de cerca de 55 milhões de carros. Essa descoberta desafia a visão tradicional sobre a importância ecológica do zooplâncton, que até então era visto principalmente como alimento para peixes.
Os zooplânctons, como os copépodes, se alimentam intensamente na primavera e, em seguida, mergulham a centenas de metros de profundidade, onde queimam gordura. Esse processo, descrito como "bomba de migração vertical sazonal", transporta aproximadamente 65 milhões de toneladas de carbono para as profundezas do oceano anualmente. Essa quantidade é significativa, pois ajuda a evitar que o dióxido de carbono (CO₂) retorne à atmosfera e contribua para o aquecimento global.
Pesquisadores, como Guang Yang, da Academia Chinesa de Ciências, consideram os resultados da pesquisa "extraordinários". Eles ressaltam que a quantidade de carbono armazenada no Oceano Antártico é muito maior do que se imaginava. A coautora do estudo, Jennifer Freer, do British Antarctic Survey, destaca o modo de vida fascinante desses "heróis anônimos" que, apesar de sua importância, permanecem pouco valorizados em comparação com animais mais conhecidos, como baleias e pinguins.
Os oceanos absorvem cerca de noventa por cento do excesso de calor gerado pelas atividades humanas, e o Oceano Antártico é responsável por cerca de quarenta por cento desse total, em grande parte devido ao zooplâncton. A pesquisa, que analisou dados desde a década de 1920, busca entender melhor como esses organismos armazenam carbono e como suas migrações afetam o clima.
Entretanto, o futuro do zooplâncton enfrenta ameaças, como o aquecimento das águas e a pesca comercial do krill. O professor Angus Atkinson, do Laboratório Marinho de Plymouth, alerta que as mudanças climáticas e as condições meteorológicas extremas podem reduzir a população de zooplâncton na Antártida, limitando assim a capacidade de armazenamento de carbono nos oceanos.
Compreender a importância do zooplâncton é fundamental para a luta contra as mudanças climáticas. A pesquisa deve ser incorporada aos modelos climáticos para prever o aquecimento do planeta. Projetos que visam proteger esses organismos e seu habitat são essenciais para garantir que continuem a desempenhar seu papel vital na regulação do clima. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que promovam a conservação do zooplâncton e, consequentemente, a saúde do nosso planeta.
Entre 20 e 29 de maio de 2025, o Ibama, em parceria com a Cetesb e a Marinha do Brasil, conduziu a Operação Inventário no Porto de Santos e Guarujá, inspecionando 36 terminais para aprimorar a resposta a emergências ambientais. A iniciativa visa fortalecer a cultura de prevenção e garantir a eficácia na resposta a vazamentos de óleo, com a participação de equipes de diversos estados e a elaboração de relatórios para regularização de inadequações.
Ibama realiza a Operação Mata Viva na Paraíba, resultando em 42 autos de infração, embargos de 106,5 hectares de vegetação nativa e apreensão de 176 aves silvestres. A ação visa combater o desmatamento ilegal e proteger áreas indígenas.
Ministérios do Meio Ambiente e dos Transportes firmam acordo para discutir o licenciamento da BR-319, gerando preocupações sobre desmatamento e riscos ambientais na Amazônia. A proposta inclui ações para governança e proteção da região.
O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá na Amazônia em 2025, com foco em políticas de desenvolvimento sustentável e segurança hídrica, segundo Valder Ribeiro, do MIDR. O evento reunirá quase 200 países.
Estudo revela que macacos-pregos no Parque Estadual de Águas da Prata dependem da alimentação humana, com riscos de doenças e dependência alimentar. A pesquisa, liderada pela bióloga Natascha Kelly Alves Scarabelo, observou 26 indivíduos.
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