A era digital intensifica a desinformação e a superficialidade, alertam especialistas como Jonathan Haidt e Umberto Eco. A desigualdade cognitiva no Brasil exige educação crítica e letramento digital urgente.
Atualmente, a sociedade enfrenta um paradoxo: o acesso ao conhecimento é vasto, mas a desinformação e a superficialidade estão em alta. O psicólogo social Jonathan Haidt, da Universidade de Nova York, observa que "a humanidade está ficando mais estúpida exatamente no momento em que nossas máquinas estão ficando mais inteligentes que nós". Essa realidade reflete a deterioração do pensamento crítico, exacerbada pela presença constante de smartphones e redes sociais.
Umberto Eco também alertou sobre o impacto das redes sociais, que proporcionaram voz a muitos sem a devida educação e responsabilidade. Isso resultou em uma "avalanche de ignorância orgulhosa", onde opiniões infundadas, antes restritas a conversas informais, agora influenciam eleições e destroem reputações. A crise da mediação do conhecimento afeta a autoridade epistêmica, colocando cientistas e jornalistas em competição com influencers e perfis anônimos.
No Brasil, a situação é alarmante. Dados do Indicador de Alfabetismo Funcional mostram que mais de trinta por cento da população não consegue compreender conceitos complexos. Essa parcela da sociedade é bombardeada por informações enganosas, sem a capacidade de discernir entre o verdadeiro e o falso. A educação das novas gerações se torna um desafio em um ambiente saturado de desinformação.
A desigualdade cognitiva é uma realidade, onde uma elite educada consegue filtrar informações, enquanto a maioria é arrastada pela desinformação. A economia da atenção se transformou em uma indústria bilionária, beneficiando poucos em detrimento de muitos. Nesse contexto, gigantes tecnológicos exploram dados pessoais, moldando comportamentos e interações sob a aparência de conectividade e conveniência.
O que se observa é um cenário de "era da estupidez", onde fake news e a rejeição da ciência são sintomas de um problema maior. A tecnologia, sem uma base humanista, apenas amplifica falhas existentes. Para enfrentar esses desafios, é essencial promover a educação crítica, o letramento digital e a ética na comunicação, além de valorizar o pensamento elaborado e a responsabilidade cívica.
Em tempos como os atuais, pensar se torna um ato político fundamental. A união da sociedade pode ser a chave para enfrentar a desinformação e promover a educação crítica. Projetos que visem apoiar iniciativas de educação e letramento digital são essenciais para transformar essa realidade e garantir um futuro mais consciente e informado.
O Educavest, cursinho gratuito da Rede Municipal de Educação de São Paulo, abre vagas remanescentes para alunos do 8º e 9º anos em 18 polos. Inscrições são presenciais nos CEUs, com documentos necessários.
As inscrições para o projeto Educação Fiscal EnCena 2025 foram prorrogadas até 14 de maio. Educadores do DF que atuam do 4º ano do fundamental ao 3º ano do ensino médio podem participar e concorrer a prêmios. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Economia (SEEC-DF) e visa capacitar professores da rede pública, promovendo a educação fiscal entre os alunos.
Um em cada três brasileiros é analfabeto funcional, segundo o Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf), revelando a urgência em melhorar habilidades de leitura, escrita e matemática. A Fundação Itaú destaca que essa situação compromete o futuro dos jovens e a competitividade do país.
Em 2023, apenas 49,3% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental estão alfabetizados, segundo o MEC. A queda em relação aos 56% anteriores levanta questões sobre a eficácia das políticas educacionais. A tecnologia, embora ofereça oportunidades, também apresenta riscos, como a distração e a superficialidade no aprendizado. A proibição do uso de celulares nas escolas visa mitigar esses problemas, mas enfrenta resistência cultural e desafios de implementação. A educação precisa equilibrar a alfabetização tradicional com o letramento digital para preparar as crianças para um futuro onde a tecnologia é uma aliada, não um obstáculo.
A Universidade de São Paulo (USP) oferece cursos online gratuitos de programação voltados para mulheres e pessoas não-binárias, com inscrições até 31 de maio. As aulas, que ocorrerão de julho a setembro, visam promover inclusão e diversidade na tecnologia.
Prefeitura de São Paulo, sob gestão de Ricardo Nunes (MDB), planeja ampliar parcerias com escolas privadas para melhorar a educação municipal a partir de 2026. A iniciativa visa replicar o modelo do Liceu Coração de Jesus, que já apresenta resultados positivos.