Abril de 2025 foi o segundo abril mais quente já registrado, com temperaturas 1,51°C acima dos níveis pré-industriais, segundo o observatório Copernicus. A sequência de meses acima de 1,5°C é um alerta para as mudanças climáticas.
O mês de abril de 2025 registrou temperaturas médias de 14,96°C, tornando-se o segundo abril mais quente da história, com um aumento de 1,51°C em relação aos níveis pré-industriais. Apenas 0,07°C abaixo do recorde anterior, estabelecido em abril de 2024, esses dados foram divulgados pelo observatório Copernicus, da União Europeia. Este evento marca o 21º mês em que a média global superou a meta de 1,5°C, considerada crítica para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.
A sequência de meses com temperaturas acima desse limite é um sinal de alerta para os cientistas. Embora a barreira de 1,5°C não tenha sido oficialmente ultrapassada, a continuidade desses registros é preocupante. O ano de 2024 já havia sido declarado o mais quente da história, com um aumento de 1,6°C em relação aos níveis pré-industriais. Samantha Burgess, líder estratégica para clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), ressaltou a importância do monitoramento climático contínuo.
Na Europa, as temperaturas estiveram predominantemente acima da média, especialmente no leste europeu e na Rússia. Contudo, algumas regiões, como a Turquia e partes da Romênia, apresentaram temperaturas abaixo do esperado. Globalmente, anomalias positivas foram observadas em várias regiões, incluindo América do Norte e partes da Austrália, enquanto o leste do Canadá e o sul da América do Sul registraram temperaturas abaixo da média.
A temperatura média na superfície dos oceanos também subiu, com abril de 2025 apresentando o segundo valor mais alto já documentado para o mês. O nordeste do Atlântico Norte destacou-se com temperaturas recordes, enquanto o Mediterrâneo, embora menos extremo que em março, também apresentou valores elevados. A extensão do gelo marinho no Ártico ficou 3% abaixo da média, e na Antártida, a redução foi de 10% em relação ao esperado.
Além das anomalias térmicas, abril trouxe variações nas condições hidrológicas. Regiões da Europa Central e Grã-Bretanha enfrentaram secas, enquanto outras áreas, como os Alpes, sofreram com chuvas intensas, resultando em inundações e deslizamentos de terra. O Canadá, Alasca e partes da América do Sul também registraram precipitações acima do normal, contrastando com a escassez de chuvas em diversas áreas da América do Norte e da Ásia.
Diante desse cenário alarmante, é essencial que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem mitigar os impactos das mudanças climáticas. Projetos que promovem a conscientização e a adaptação às novas realidades climáticas podem fazer a diferença. A união em torno de causas ambientais é fundamental para enfrentar os desafios que se avizinham e garantir um futuro mais sustentável para todos.
Um seminário em São Cristóvão (SE) capacitou órgãos de cinco municípios sergipanos sobre as ferramentas DOF+ e Sinaflor+, promovendo uma gestão mais eficiente dos recursos florestais. O evento, realizado na Universidade Federal de Sergipe, contou com a participação de representantes locais e da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema).
Estudo da Unicamp revela agrotóxicos na água da chuva em Campinas, Brotas e São Paulo. A pesquisa alerta para riscos no uso dessa água, destacando a presença de atrazina, herbicida proibido.
Ibama capacita pilotos em Porto Seguro para combate aéreo a incêndios florestais. Treinamentos visam eficiência e segurança nas operações, preparando equipes para o período crítico de queimadas.
Paul Watson, ativista ambiental, destaca a urgência de adotar práticas indígenas para salvar a Amazônia. Ele busca participar da COP30, mas depende de questões diplomáticas.
A COP30, presidida por André Corrêa do Lago, abordará pela primeira vez combustíveis fósseis e exigirá resgate do multilateralismo em Bonn, visando mobilizar US$ 1,3 trilhão para o clima.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, critica a aprovação de projeto no Senado que flexibiliza o licenciamento ambiental, alertando para riscos aos compromissos climáticos do Brasil e acordos internacionais. A proposta inclui renovação automática de licenças para atividades de baixo e médio impacto, levantando preocupações sobre possíveis danos ambientais.