Aos 90 anos, Adélia Domingues Garcia da Silva lança "Construída em retalhos", um relato sobre sua vida marcada por lutas, superações e a busca pela educação, inspirando novas gerações.
Aos noventa anos, Adélia Domingues Garcia da Silva se prepara para lançar seu livro "Construída em retalhos", que narra sua trajetória de vida repleta de desafios e conquistas. Nascida em 1935, Adélia começou a trabalhar aos cinco anos, alternando entre a lavoura e serviços domésticos em Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul. Sua infância foi marcada pela falta de pagamento, onde a troca de trabalho era por comida e abrigo. A escola mais próxima ficava a duas horas de distância, e ela só conseguiu estudar até os doze anos.
Adélia é neta de escravizados e cresceu em um ambiente onde o trabalho era essencial para a sobrevivência. Ela relembra que seu pai, nascido em uma senzala, enfrentou dificuldades extremas na infância. Apesar das adversidades, Adélia encontrou momentos de alegria, como brincar com amigos e irmãos. A vida de trabalho duro continuou após seu casamento aos dezoito anos, quando se mudou para Pelotas em busca de melhores oportunidades.
Como mãe de onze filhos, Adélia sempre priorizou a educação das crianças, mesmo enquanto trabalhava em três empregos. Ela sonhava em ser advogada e ajudar as pessoas a conhecerem seus direitos, mas a rotina pesada a impediu de realizar esse desejo. Após a morte do marido, Adélia continuou a trabalhar arduamente, dedicando-se à faxina e ao artesanato, que se tornou uma forma de terapia.
Em busca de novos horizontes, Adélia se mudou para Florianópolis, onde enfrentou discriminação por ser uma mulher negra em uma região predominantemente de descendência alemã. No entanto, ela se orgulha de seus filhos, que se tornaram agentes de saúde e contribuíram para a comunidade. Recentemente, Adélia se matriculou na Educação de Jovens e Adultos (EJA) aos setenta e cinco anos, onde aprendeu a ler e escrever, e encontrou inspiração na obra de Carolina Maria de Jesus.
O livro "Construída em retalhos" é um presente que Adélia deseja deixar como legado, refletindo suas lutas e superações. Com a ajuda de professoras, ela conseguiu finalizar sua obra, que será lançada no final deste mês, coincidindo com seu aniversário. Apesar das dificuldades da idade, Adélia continua ativa, participando de atividades culturais e sociais, e se dedicando ao artesanato.
A história de Adélia é um exemplo de resiliência e força diante das adversidades. Projetos que valorizam e promovem a educação e a cultura, como o de Adélia, merecem ser apoiados pela sociedade. A união em torno de iniciativas que buscam dar voz e espaço a histórias como a dela pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.
Giovanna Vlašić, professora e criadora de conteúdo, compartilha sua jornada como autista e neurodivergente, promovendo inclusão e enfrentando desafios sensoriais. Após anos de bullying e múltiplas mudanças de escola, ela encontrou sua voz nas redes sociais, ajudando outros a entenderem o autismo.
A exposição "Corpo manifesto", de Sérgio Adriano H, no CCBB, reúne 113 obras, incluindo 33 inéditas, e reflete sobre racismo e a identidade negra, celebrando 25 anos de carreira do artista. Visitas guiadas acontecem hoje e amanhã.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lançou o programa SuperAção, com R$ 500 milhões para ajudar 35 mil famílias a romper o ciclo da pobreza em dois anos, integrando políticas públicas e atendimento personalizado.
A 3ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou o registro civil de uma pessoa com gênero neutro, estabelecendo um importante precedente legal no Brasil. A decisão unânime reconhece a autoidentificação e reforça os direitos de pessoas não binárias, promovendo segurança e saúde mental.
Pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC) confirma que o uso de redes em hospitais melhora o ganho de peso e o desenvolvimento de bebês prematuros, com resultados positivos entre julho de 2022 e outubro de 2023.
O Instituto Aliança está com inscrições abertas para cursos gratuitos de formação profissional, incluindo o Rotas e Travessias, com 110 vagas para jovens de 17 a 24 anos em seis cidades paulistas. Os cursos, que têm duração de três meses e carga horária de 200 horas, visam desenvolver habilidades socioemocionais e tecnológicas, além de oferecer suporte na busca por emprego. As inscrições vão até 1º de julho no site da instituição.