Cerca de 28% dos adolescentes brasileiros entre 15 e 17 anos acessaram pornografia online, gerando preocupações sobre saúde mental e relações interpessoais, segundo pesquisa de 2023. Especialistas alertam para a necessidade de educação sexual adequada e supervisão parental.
O acesso à pornografia online entre adolescentes é uma preocupação crescente no Brasil. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, realizada em 2023, 28% dos jovens entre 15 e 17 anos já visualizaram conteúdo pornográfico na internet. Esse fenômeno não é exclusivo do Brasil; um estudo da Common Sense Media, de 2022, revelou que 44% dos adolescentes americanos também tiveram acesso a esse tipo de material, muitos antes dos 13 anos.
A psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP), destaca que a pandemia de Covid-19 intensificou essa iniciação sexual virtual. Ela observa que muitos jovens estão adiando a iniciação sexual presencial, resultando em casos de indivíduos com 20 ou 25 anos que nunca tiveram contato físico, permanecendo presos à experiência virtual.
Esse padrão de consumo de pornografia gera preocupações significativas. Abdo alerta que a masturbação estimulada por pornografia pode criar uma dependência da estimulação direta, tornando as relações sexuais reais menos satisfatórias. A pesquisadora Déborah De Mari, fundadora da plataforma Força Meninas, complementa que as meninas são introduzidas na educação sexual através da pornografia, o que pode banalizar o início da vida sexual e reforçar comportamentos perigosos, como a objetificação e a violência contra a mulher.
Para os meninos, De Mari ressalta que muitos não têm uma compreensão adequada sobre consentimento, e a sociedade frequentemente aceita comportamentos inadequados como parte da masculinidade. A doutora em psicologia Rita Martins Godoy Rocha acrescenta que estereótipos de gênero, como "homem não chora", contribuem para a construção de uma masculinidade tóxica, alimentando comportamentos agressivos e perpetuando um ciclo de violência e sofrimento psicológico.
As especialistas concordam que o consumo excessivo de pornografia pode levar a comportamentos sexuais compulsivos, isolamento social e uma compreensão distorcida sobre consentimento. Esse impacto afeta tanto meninas quanto meninos, levando a uma comparação com corpos irreais e a uma baixa autoestima. Para mitigar esses efeitos, Abdo sugere que a educação sexual comece em casa desde cedo, com diálogos abertos e adequados à idade.
Além disso, é fundamental que os pais e as instituições de ensino se atualizem sobre o consumo de pornografia online, promovendo discussões críticas sobre o tema. A capacitação de professores e o engajamento das famílias são essenciais para criar um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento da sexualidade dos jovens. Nossa união pode ajudar a promover iniciativas que fortaleçam a educação sexual e o bem-estar emocional dos adolescentes.
O Ministério da Educação (MEC) lançou o programa Na Ponta do Lápis, que visa ensinar educação financeira a alunos do ensino básico, com foco em 30 milhões de estudantes e 2 milhões de professores. A adesão é voluntária e requer compromisso formal.
Escola Classe Monjolo introduz manga e mel no cardápio escolar, promovendo saúde e agricultura familiar. A iniciativa visa diversificar a alimentação e educar sobre nutrição.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, se reuniu com gestores escolares em Sobradinho II para discutir melhorias na infraestrutura e gratificações para professores. Demandas incluem reformas urgentes e aumento de recursos.
O Nupens, da USP, destaca-se na produção científica brasileira, com cinco pesquisadores entre os mais citados do país, e inovações como o conceito de ultraprocessados, que relaciona alimentação a doenças crônicas.
Estudo revela que estimulação elétrica leve no cérebro pode aumentar em até 29% o desempenho em matemática de alunos com dificuldades, promovendo maior igualdade intelectual. Pesquisadores alertam para questões éticas sobre o acesso à tecnologia.
A Prefeitura de São Paulo concederá a gestão de três escolas municipais a organizações sociais na Zona Sul e Noroeste, seguindo o modelo das creches conveniadas. A iniciativa visa melhorar a qualidade do ensino, após resultados positivos no Liceu Coração de Jesus.