Estudo em Bauru revela que atividades de enriquecimento curricular melhoram a sociabilidade de jovens com altas habilidades/superdotação, destacando a necessidade de identificação e apoio a talentos diversos.
Estudantes com altas habilidades ou superdotação (AH/SD) representam entre três e cinco por cento da população, mas no Brasil, apenas de zero vírgula cinco a dois por cento são identificados. Essa discrepância se deve a fatores como a falta de recursos e a formação inadequada de docentes. Além disso, existem barreiras relacionadas a gênero e raça que dificultam a identificação desses estudantes, resultando em um atendimento educacional insuficiente.
Recentemente, um estudo realizado em Bauru, São Paulo, demonstrou que atividades de enriquecimento curricular podem reduzir sintomas emocionais em jovens com AH/SD. A pesquisa envolveu a aplicação de uma avaliação multimodal, que combina testes de quociente de inteligência (QI) com questionários sobre dificuldades emocionais e comportamentais. Essa abordagem tem se mostrado eficaz na identificação e no suporte a esses estudantes, que frequentemente enfrentam desafios sociais.
A falta de identificação adequada impede que jovens com AH/SD tenham acesso a oportunidades de enriquecimento curricular. Muitas vezes, as atividades complementares disponíveis refletem desigualdades de gênero e raça, favorecendo meninos brancos em detrimento de meninas e estudantes negros. Essa situação perpetua desigualdades históricas e limita o potencial de talentos diversos, que poderiam contribuir significativamente para a sociedade.
Em Bauru, iniciativas como o programa “Da identificação de estudantes com indicadores de AH/SD ao enriquecimento curricular” têm atendido mais de trezentos estudantes, proporcionando experiências que fortalecem a sociabilidade e reduzem o isolamento. Um estudo recente com atividades de enriquecimento, incluindo música e esportes, mostrou uma redução significativa nos sintomas emocionais e nas dificuldades de interação entre os participantes.
Apesar dos avanços, muitos professores ainda desconhecem as leis que garantem o atendimento a estudantes com AH/SD. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPI) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) reconhecem a importância desse atendimento, mas sua implementação é desigual. A formação contínua de educadores é essencial para garantir que esses estudantes sejam adequadamente identificados e apoiados.
Um levantamento recente em escolas estaduais de Bauru e Lençóis Paulista revelou que a subnotificação de talentos negros é um problema persistente. Apenas uma pequena fração dos estudantes indicados como potenciais casos de AH/SD se autodeclarou negra ou parda. Para mudar essa realidade, é fundamental aumentar o investimento em programas educacionais que promovam a identificação e o atendimento desses estudantes. A união da sociedade civil pode ser um passo importante para apoiar iniciativas que valorizem e reconheçam talentos diversos.
Brasil alcança apenas 49,6% da meta de matrículas no ensino técnico até 2024. MEC anuncia novos Institutos Federais e programas para combater a evasão escolar.
Dados do Mapa da Desigualdade mostram que mais da metade dos distritos de São Paulo não atingiram a média nacional do Ideb, evidenciando desigualdade educacional alarmante. A cidade, com média de 5,6, fica atrás de capitais mais pobres.
Mais de 1.500 profissionais participaram do webinário sobre vacinação nas escolas. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde, visa aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, com R$ 150 milhões em investimentos e uma semana de intensificação em abril.
A Universidade de São Paulo (USP) oferece cursos online gratuitos de programação voltados para mulheres e pessoas não-binárias, com inscrições até 31 de maio. As aulas, que ocorrerão de julho a setembro, visam promover inclusão e diversidade na tecnologia.
Um vídeo viral no TikTok mostra uma mãe ensinando sua filha a ser gentil, mas não submissa, destacando a importância de limites e empatia. A abordagem gerou identificação entre pais e educadores.
Abril é o mês da Conscientização do Autismo, destacando a importância do acolhimento e do diagnóstico precoce. O Instituto de Pesquisa PENSI promove o XI Simpósio de Atualização em TEA no dia 23 de abril, com inscrições gratuitas para profissionais da saúde.