Airton Souza, escritor paraense, venceu o prêmio Sesc de Literatura em 2023 com "Outono de Carne Estranha", gerando polêmica por abordar temas sensíveis, resultando em mudanças na premiação. O autor, que cresceu em Marabá, superou uma infância marcada pela pobreza e a violência do garimpo em Serra Pelada. Apesar das críticas, sua determinação em contar histórias autênticas permanece inabalável.
Airton Souza, um escritor paraense de 43 anos, cresceu em Marabá, onde sua família enfrentou a pobreza extrema devido ao garimpo em Serra Pelada nos anos 1980. Seus pais, analfabetos e imersos em dificuldades, foram atraídos pela promessa de riqueza, mas acabaram vivendo na miséria. Em meio a essa realidade, Airton começou a escrever, utilizando a literatura como uma forma de resistência e expressão. Ele afirma que a escrita o manteve vivo e serviu como uma forma de vingança pelos familiares que não tiveram acesso à educação.
Em 2023, Airton Souza conquistou o prêmio Sesc de Literatura com seu romance "Outono de Carne Estranha", que explora o amor entre dois garimpeiros. No entanto, a obra gerou controvérsia ao incluir cenas de sexo entre homens, o que provocou reações negativas de diretores do Sesc. A polêmica resultou em demissões, alterações no edital do prêmio e o fim de uma parceria de 20 anos entre o Grupo Editorial Record e a premiação, que é conhecida por revelar novos talentos.
Apesar das críticas, Airton não se deixou abalar. Ele destacou que, vindo de um lugar de extrema pobreza, poucas coisas realmente o afetam. O autor acredita que existe um olhar enviesado sobre a produção literária da região Norte do Brasil, que muitas vezes é vista com preconceito e estereótipos. Ele enfatiza que a Amazônia não é um território de barbárie, mas sim um espaço marcado por processos coloniais e injustiças sociais.
Airton compartilhou sua trajetória em um evento do TEDxAmazônia, onde foi aplaudido de pé após sua apresentação. Ele relembrou a infância difícil, marcada por tragédias familiares, como a morte de um irmão e o alcoolismo do pai. Mesmo diante de um ambiente hostil, ele persistiu na escrita, publicando seu primeiro poema aos dezoito anos, o que o fez se reconhecer como autor.
Com cinquenta livros publicados, Airton Souza continua a enfrentar desafios como escritor em um cenário que muitas vezes não valoriza a produção literária do Norte. Ele critica a visão estereotipada que ainda persiste sobre a região e ressalta a importância de renomear as narrativas que foram silenciadas. A violência e a pobreza são temas centrais em sua obra, que busca dar voz a histórias frequentemente ignoradas.
Neste contexto, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas culturais e sociais que promovam a literatura e a educação na Amazônia. Projetos que visam dar visibilidade a autores como Airton Souza e a suas histórias podem contribuir para a transformação social e a valorização da cultura local.
O CNPEM desenvolve o primeiro protótipo brasileiro de ressonância magnética, com investimento de R$ 8 milhões, para atender a demanda do SUS em regiões remotas. A iniciativa visa melhorar o acesso a exames de imagem.
A ginecologista Cristiane Morandim, diagnosticada com esclerose sistêmica, criou um método de saúde integrativa e fundou uma igreja para apoiar portadores de doenças raras, criticando a indústria farmacêutica.
Reunião entre ONU e Secretaria da COP30 foi adiada para 14 de setembro, visando discutir hospedagem em Belém, onde tarifas elevadas geraram ações contra especulação de preços. A expectativa é que a capacidade de hospedagem atenda os 50 mil participantes.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, anunciou um ciclo de investimentos de R$ 32 bilhões em áreas essenciais, visando reduzir desigualdades e melhorar a infraestrutura do estado. Lyra destacou a concessão de R$ 25 bilhões em saneamento, R$ 1 bilhão em educação e R$ 6 bilhões em infraestrutura, ressaltando a queda do desemprego de 15% para 10%.
Crianças e adolescentes são as principais vítimas de estupro no Brasil, com 78% dos casos registrados em 2024 envolvendo menores de 17 anos, principalmente em residências. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 revela a gravidade da violência sexual intrafamiliar, enraizada em uma cultura patriarcal. Especialistas destacam a necessidade de educação e conscientização para prevenir esses abusos.
A Câmara dos Deputados aprovou urgência para projeto que combate a "adultização" de crianças e adolescentes nas redes sociais, após repercussão de vídeo do influenciador Felca. O texto, que já passou pelo Senado, impõe um "dever de cuidado" às plataformas digitais, visando proteger os jovens de crimes como pedofilia. Apesar do apoio, parlamentares da oposição criticam trechos que consideram excessivos, como a possibilidade de derrubar perfis sem autorização judicial.