Estudos revelam que a Amazônia enfrenta estresse hídrico crescente, com 63% da floresta afetada em 2015, impactando a ciclagem da água e a capacidade de estocar carbono, alertam pesquisadores do Cemaden e Inpe.

A Amazônia enfrenta um aumento significativo no estresse hídrico, com dados recentes indicando que em 2015, sessenta e três por cento da região passou por esse fenômeno. O prolongamento da estação seca e a elevação das temperaturas, somados ao desmatamento e ao uso de fogo, têm comprometido a ciclagem da água e a capacidade de armazenamento de carbono da floresta. Essas informações foram apresentadas por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) durante um evento na Universidade Federal Rural de Pernambuco.
A pesquisadora Liana Anderson, do Cemaden, destacou que a água é essencial para a Amazônia, pois mais da metade das chuvas na região provém da evaporação do oceano. Contudo, a redução das chuvas e o aumento da temperatura observados nos últimos quarenta anos podem prejudicar a ciclagem da água. Além disso, o aumento da temperatura do ar intensifica as demandas metabólicas das árvores, resultando em perdas de carbono e afetando negativamente a fotossíntese.
Estudos indicam que a mortalidade de árvores tem aumentado, especialmente durante a estação seca. Anderson afirmou que árvores grandes, que possuem raízes profundas e são fundamentais para a ciclagem da água, estão morrendo em maior número. Essa mortalidade altera a estrutura da floresta e compromete o ciclo hidrológico, levando a uma possível mudança na dinâmica da Amazônia.
Entre 2000 e 2023, a duração da estação seca na Amazônia aumentou, com dados mostrando que em 2016, cinquenta e um por cento da região enfrentou estresse hídrico, e em 2023, esse número subiu para sessenta e um por cento. As bordas da Amazônia foram as áreas mais afetadas, conforme relatado por Anderson.
Pesquisadores do Inpe também revelaram que áreas da floresta que enfrentaram um déficit de cem milímetros durante a seca de dois mil e cinco perderam cem toneladas de carbono por hectare. O aumento da temperatura agrava essa situação, pois a cada grau de elevação, há uma redução de seis por cento nos estoques de carbono da floresta, tornando-a mais suscetível a incêndios.
Algumas partes da Amazônia podem oferecer refúgios hidrológicos, ajudando a floresta a resistir às secas. Estudos realizados em áreas com lençol freático raso mostraram que essas florestas têm se mantido mais saudáveis em comparação às que possuem lençol profundo. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem a preservação e recuperação da Amazônia, garantindo um futuro mais sustentável para essa região vital.

Estudos revelam que carregadores de celular conectados à tomada consomem energia mesmo inativos, resultando em um desperdício de R$ 500 milhões anuais no Brasil e riscos de superaquecimento. Desconectar é essencial.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, critica a aprovação de projeto no Senado que flexibiliza o licenciamento ambiental, alertando para riscos aos compromissos climáticos do Brasil e acordos internacionais. A proposta inclui renovação automática de licenças para atividades de baixo e médio impacto, levantando preocupações sobre possíveis danos ambientais.
O Programa Água Doce (PAD) avança no semiárido brasileiro com a ativação de 61 novos sistemas de dessalinização em 2025, superando a meta de 100. A iniciativa já implantou 1.131 sistemas em 10 estados, promovendo dignidade e saúde.

Uma pesquisa da Unesp revelou a presença de cádmio e arsênio em aves marinhas do Atlântico Sul, evidenciando a bioacumulação desses poluentes na cadeia alimentar e seus impactos na saúde dos ecossistemas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que proíbe testes em animais para cosméticos e produtos de higiene, com dois anos para implementação de métodos alternativos. A nova legislação visa garantir a ética na indústria, excluindo produtos testados em animais e exigindo evidências para regulamentações não cosméticas.

A associação Alto Joá denunciou obras na Rua Sargento José da Silva, na Joatinga, sem autorização do Iphan, resultando em cortes no terreno e movimentação de terra. O órgão foi solicitado a embargar os trabalhos.