Ana Maria Gonçalves, autora de "Um Defeito de Cor", é a primeira mulher negra a ingressar na Academia Brasileira de Letras em 127 anos e busca aumentar a representatividade. Ela participará de um debate no Itaú Cultural sobre "Estudos Africanos de Gênero".
A autora Ana Maria Gonçalves, conhecida pelo livro "Um Defeito de Cor", foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL), tornando-se a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na instituição em seus 127 anos de história. Em entrevista, ela destacou que sua eleição é um motivo de celebração, mas também de reflexão sobre as estruturas de poder no Brasil, um país marcado pela escravidão. Gonçalves é a 13ª mulher a integrar a ABL e expressou seu desejo de que não seja a única a representar a diversidade.
Além de sua nova função, Ana Maria Gonçalves já se prepara para atuar como acadêmica. No dia 22 de julho, ela participará de um debate no Itaú Cultural, onde discutirá a obra "Estudos Africanos de Gênero", da socióloga nigeriana Oyèrónké Oyewùmí. A edição brasileira da obra, traduzida pela Plataforma Ancestralidades em parceria com a Fundação Tide Setubal, traz reflexões sobre espiritualidade, corporeidade e matriarcado sob a perspectiva africana.
No evento, Ana dividirá a mesa com importantes figuras como Sueli Carneiro, Tiganá Santana e Bianca Santana, formando um time de peso para discutir temas relevantes. A participação de Gonçalves na ABL e em eventos culturais evidencia a necessidade de ampliar a representatividade de vozes diversas na literatura e na academia brasileira.
A eleição de Ana Maria Gonçalves para a ABL é um marco significativo, não apenas para a literatura, mas também para a luta por igualdade racial e de gênero no Brasil. Sua presença na academia pode inspirar novas gerações de escritores e acadêmicos a se engajar em questões sociais e culturais, promovendo uma maior inclusão.
O debate sobre "Estudos Africanos de Gênero" também reflete a importância de discutir a interseccionalidade entre raça e gênero, temas que são frequentemente negligenciados nas narrativas tradicionais. A obra de Oyewùmí, que será lançada no Brasil, é uma contribuição valiosa para essa discussão, trazendo uma nova perspectiva sobre a experiência feminina africana.
Iniciativas como a de Ana Maria Gonçalves devem ser apoiadas e incentivadas pela sociedade civil. A união em torno de projetos culturais e sociais pode fortalecer a luta por representatividade e justiça social, contribuindo para um futuro mais inclusivo e igualitário. Juntos, podemos fazer a diferença e apoiar vozes que precisam ser ouvidas.
Em 2024, o Brasil registrou um aumento de 22,8% nas retificações de nome e gênero, totalizando 5.102 alterações, refletindo avanços na luta por direitos das pessoas trans. A inclusão do nome social se tornou mais acessível, promovendo reconhecimento e proteção, embora a violência contra essa população persista.
O Sesi-DF e o Senai-DF promovem a Semana do Trabalho até 9 de maio, com serviços gratuitos e atividades culturais na Esplanada dos Ministérios. A iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego visa capacitar e informar o público.
Filipe Bragança, dublador de "Encanto", empresta sua voz ao protagonista de "Abá e Sua Banda", uma animação brasileira com forte mensagem política e ambiental. O filme, que estreou em abril, aborda a luta contra um vilão fascista e promove reflexões importantes para crianças e adultos. Bragança destaca a liberdade criativa na dublagem e a relevância do cinema nacional, que precisa de mais investimento e visibilidade.
Siddharth Nandyala, um jovem prodígio, criou o aplicativo CircadiaV, que detecta doenças cardíacas com alta precisão em apenas sete segundos, e desenvolve uma prótese acessível controlada pelo pensamento.
O projeto "Pratique Tênis em Pilares" cresce com a participação do padre Diogenes Araújo Soares, promovendo inclusão e acessibilidade ao esporte na Zona Norte do Rio, com mais de 80 alunos adultos. A iniciativa, que visa popularizar o tênis, reúne pessoas de diversas profissões e credos, sem exigência de uniforme ou raquete.
O Cursinho Popular do Centro Zoia Prestes de Educação Multidisciplinar (CeZPEM) oferece aulas gratuitas para o Enem, com mais de 900 alunos e 450 professores voluntários. A iniciativa, sustentada por financiamento coletivo, visa ampliar o acesso ao ensino superior. As aulas online ao vivo permitem interação em tempo real, proporcionando uma experiência similar ao cursinho presencial, mas sem custos. O projeto, parte do Coletivo Soberana, conta com uma estrutura robusta e diversas equipes dedicadas. As inscrições estão abertas para quem concluiu ou está finalizando o ensino médio.