A Anvisa aprovou o Kisunla (donanemabe), primeiro tratamento para Alzheimer no Brasil. O medicamento retarda a progressão da doença, mas não alivia os sintomas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, no dia 22 de abril, o Kisunla (donanemabe), o primeiro medicamento no Brasil voltado exclusivamente para o tratamento da doença de Alzheimer. Produzido pela Eli Lilly, o medicamento não melhora os sintomas da doença, como perda de memória e desorientação, mas pode retardar sua progressão em estágios iniciais.
O neurologista Paulo Caramelli, professor da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), destaca que o tratamento é inovador por atuar em um mecanismo central da doença. Segundo ele, a medicação reduz a velocidade de progressão dos sintomas, tanto cognitivos quanto funcionais. O donanemabe age ligando-se aos aglomerados de proteína beta-amiloide no cérebro, que são responsáveis pelo desenvolvimento da doença.
O Kisunla é indicado para pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve associada à doença de Alzheimer em estágio inicial. Caramelli ressalta a importância de um diagnóstico preciso para a prescrição do medicamento, que pode ser combinado com outros fármacos para melhorar sintomas motores. A aplicação do donanemabe é feita de forma injetável, uma vez por mês, e deve ser realizada em centros de infusão adequados.
A Anvisa não recomenda o uso do donanemabe para pacientes portadores do gene da apolipoproteína E4 (ApoE4) ou aqueles que utilizam anticoagulantes, devido ao risco de hemorragias. Os principais efeitos colaterais incluem febre, sintomas gripais e dores de cabeça. O neurologista alerta que o medicamento não deve ser prescrito para pessoas sem sintomas ou com queixas subjetivas, pois não há evidências de eficácia em estágios mais precoces da doença.
Embora o donanemabe tenha mostrado eficácia na remoção de depósitos de proteína beta-amiloide, Caramelli aponta que as melhorias clínicas observadas nos estudos são modestas. O medicamento já está aprovado para comercialização no Brasil e nos Estados Unidos, mas a Agência Europeia de Medicamentos não aceitou sua solicitação de venda na União Europeia. O lecanemab, outro medicamento que também retarda os efeitos iniciais do Alzheimer, está disponível na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda não foi aprovado no Brasil.
O preço do donanemabe ainda não foi definido no Brasil, mas nos Estados Unidos, um frasco custa $ 695, totalizando cerca de $ 32 mil por ano de tratamento. Em situações como essa, a união da sociedade pode fazer a diferença, ajudando a promover iniciativas que apoiem a pesquisa e o acesso a tratamentos inovadores para a doença de Alzheimer.
Palestra no Hospital Regional de Ceilândia discute prevenção do HTLV em gestantes. O evento, promovido pelo Comitê de Transmissão Vertical, enfatizou a importância do diagnóstico precoce e medidas preventivas para evitar a transmissão do vírus de mãe para filho.

A cirurgia bariátrica evoluiu no Brasil, reduzindo riscos e aumentando benefícios, segundo o cirurgião Mauricio Mauad, que destaca a importância da preparação multidisciplinar dos pacientes. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica busca ampliar o acesso ao procedimento, essencial para combater a obesidade e suas complicações.

O professor Ravi Kaiut destaca o Yoga como um recurso valioso na saúde, auxiliando no tratamento de condições como ansiedade, fibromialgia e doenças cardiovasculares, complementando terapias convencionais.

Batimentos cardíacos intensos antes de dormir podem ser sinais de doenças cardíacas, alerta o professor Michael Miller, da Universidade de Maryland. É crucial buscar orientação médica se persistirem.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a versão em português do aplicativo hearWHO, que avalia a audição, com apoio de universidades brasileiras e instituições de saúde. A ferramenta permite triagem auditiva gratuita e acessível, essencial para a detecção precoce de perdas auditivas, facilitando o encaminhamento para tratamento adequado.

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul revelaram que o uso regular do fio dental pode reduzir em até 44% o risco de AVC, destacando a ligação entre saúde bucal e cardiovascular. O estudo, apresentado na International Stroke Conference 2025, acompanhou mais de seis mil pessoas por 25 anos, evidenciando a importância do fio dental na prevenção de doenças sérias.