Francis Kere, arquiteto de Burkina Fasso, projetou a Escola Primária Gando com técnicas de resfriamento passivo, ganhando o Prêmio Pritzker em 2022. Sua abordagem sustentável inspira mudanças sociais e educacionais.

Francis Kere, arquiteto de Burkina Fasso e vencedor do Prêmio Pritzker em 2022, enfrentou desafios educacionais em sua infância. Ele se lembra de salas de aula quentes e desconfortáveis, o que o motivou a criar a Escola Primária Gando, projetada para proporcionar um ambiente de aprendizado agradável, mesmo em temperaturas que podem atingir 45 graus Celsius. Kere utilizou técnicas de resfriamento passivo e materiais locais, evitando o uso de ar-condicionado, o que é uma inovação importante em um mundo afetado pelas mudanças climáticas.
A Escola Primária Gando é um exemplo de como a arquitetura pode ser adaptada às condições climáticas extremas. O projeto inclui aberturas que permitem a ventilação cruzada e um telhado suspenso que melhora a circulação do ar. Kere também se inspira em estruturas naturais, como cupinzeiros, para regular a temperatura interna. Essa abordagem sustentável não apenas melhora o conforto, mas também contribui para a eficiência energética, evitando a dependência de sistemas de climatização que consomem muita energia.
Além de Kere, outros arquitetos, como Diana Kellogg, estão desenvolvendo projetos semelhantes. Kellogg projetou a Escola para Meninas Rajkumari Ratnavati no deserto de Thar, na Índia, utilizando materiais que favorecem a ventilação e o resfriamento. Essa escola não só proporciona um ambiente de aprendizado mais fresco, mas também promove a educação feminina em uma região com baixa taxa de alfabetização entre meninas. A arquitetura, portanto, se torna uma ferramenta de mudança social e empoderamento.
Estudos indicam que o calor excessivo pode impactar negativamente a aprendizagem. O Banco Mundial alertou que as mudanças climáticas representam uma ameaça ao sucesso educacional, criando uma "bomba-relógio econômica". Especialistas recomendam que as salas de aula não ultrapassem 26 graus Celsius para garantir um ambiente propício ao aprendizado. A construção de escolas adaptadas ao clima é uma resposta necessária a essa realidade, e projetos como os de Kere e Kellogg são exemplos a serem seguidos.
Em regiões com climas temperados, a preocupação com o aquecimento também está crescendo. O Reino Unido, por exemplo, está adaptando suas escolas para enfrentar o aumento das temperaturas. A transformação de pátios escolares em áreas verdes e o uso de tintas frias são algumas das soluções em discussão. Essas iniciativas visam não apenas melhorar o conforto dos alunos, mas também contribuir para a sustentabilidade ambiental.
Com a crescente demanda por soluções arquitetônicas sustentáveis, a comunidade pode se unir para apoiar projetos que promovam a educação e o bem-estar. A construção de escolas que respeitem o meio ambiente e proporcionem um espaço de aprendizado saudável é uma causa que merece atenção e investimento. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir que mais crianças tenham acesso a um futuro melhor.

Em 2023, as emissões da produção de roupas aumentaram 7,5%, totalizando 944 milhões de toneladas, devido ao uso crescente de poliéster virgem, intensificando a crise ambiental. O poliéster, fibra sintética barata, é responsável por significativas emissões de CO2 e contaminação por microplásticos, além de ser não biodegradável, contribuindo para o acúmulo de resíduos. A reciclagem é complexa e limitada, enquanto a indústria investe pouco em alternativas sustentáveis.

Estudo da Unesp revela que a crise climática pode reduzir em até 50% as áreas de cultivo de café no Brasil até 2080, afetando especialmente Minas Gerais. Técnicas de manejo são sugeridas.

Mudanças climáticas podem expandir a área de risco da Doença de Chagas no Brasil até 2080, afetando regiões antes seguras, como a Amazônia, devido à adaptação do vetor barbeiro, segundo estudos de universidades e institutos.

O cerrado brasileiro registrou uma queda de 20% nos alertas de desmatamento, enquanto a Amazônia teve a segunda menor área destruída desde 2015, apesar de um leve aumento. Dados do Deter mostram avanços na proteção ambiental.

Equipes do Ibama concluíram vistorias em Sergipe para a recuperação da Caatinga, promovendo troca de experiências e introduzindo diretrizes inovadoras, incluindo a abordagem ex situ. A ação visa padronizar procedimentos e acelerar a recuperação ambiental.

Neste domingo, 01 de junho, a Feira Gaiola Atmosférica traz o tema EcoAÇÃO, celebrando o mês do Meio Ambiente com atividades interativas na Afro Escola Laboratório Urbano, em Santo André. O evento, que ocorre das 14h às 21h, contará com rodas de conversa, degustação de alimentos, trocas de mudas e um sarau, além de ações da Semana Mundial do Brincar. A participação da comunidade é incentivada, com espaço para criAÇÕES artísticas e intelectuais.