Artistas em situação de rua, como Gleice Cassiane de Castro, ganham destaque na exposição "A Arte do Povo da Rua", que revela suas histórias de superação e a força transformadora da arte. A mostra, promovida pela Defensoria Pública de São Paulo, busca valorizar a identidade e a criatividade desses indivíduos, desafiando a invisibilidade social e promovendo a cura e a liberdade através da expressão artística.
A exposição "A Arte do Povo da Rua" em São Paulo destaca a trajetória de artistas em situação de rua, como Gleice Cassiane de Castro, que viveu nas ruas por mais de 30 anos. Gleice, uma mulher negra e artista multifacetada, encontrou na arte uma forma de expressão e sobrevivência. A mostra, promovida pela Defensoria Pública de São Paulo, reúne obras de pessoas atendidas por serviços socioassistenciais e de saúde, ressaltando a importância da arte na reconstrução de identidades.
Gleice compartilha que a arte se tornou seu modo mais potente de existir, permitindo-lhe sonhar e curar feridas emocionais. A terapeuta ocupacional Carla Regina Rilva, que trabalha com essa população há uma década, afirma que a arte ajuda a resgatar emoções e valorizar saberes. Ela destaca que a desumanização enfrentada por essas pessoas é um processo comum, mas a arte oferece um caminho para a recuperação da autoestima e da identidade.
O evento ocorreu no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, onde Gleice exibiu uma obra que representa sua transformação pessoal. Ela descreve sua pintura como uma borboleta, símbolo de liberdade e transformação, refletindo suas experiências de vida. Gleice também se prepara para um novo casamento, vivendo atualmente em um hotel social com seu noivo, e planeja lançar sua autobiografia em julho, desejando que as pessoas conheçam sua verdadeira história.
Darcy Costa, diretor do Centro de Integração Social pela Arte, Trabalho e Educação (Cisarte), também compartilha sua experiência de vida em situação de rua e como a arte o ajudou a se reintegrar à sociedade. O Cisarte oferece oficinas e atividades que promovem a autoestima e a autonomia de pessoas em situação de vulnerabilidade. Darcy enfatiza que a arte pode despertar emoções e criatividade que foram sufocadas pelo sofrimento.
Os dados sobre a população em situação de rua no Brasil são alarmantes. Em março de 2025, mais de 335 mil pessoas viviam nas ruas, com uma significativa parcela se autodeclarando preta ou parda. São Paulo concentra cerca de 40% dessa população, refletindo uma crise urbana profunda. A terapeuta Carla ressalta a necessidade de transformar a sociedade para enfrentar a exclusão e a desigualdade, promovendo narrativas que valorizem as experiências dessas pessoas.
A arte se mostra como uma ferramenta poderosa para a transformação social, permitindo que indivíduos em situação de rua se expressem e se reconectem com suas identidades. Projetos como o Cisarte e exposições como "A Arte do Povo da Rua" são essenciais para dar visibilidade a essas histórias. A união da sociedade civil pode impulsionar iniciativas que apoiem a cultura e a dignidade dessas pessoas, promovendo um futuro mais justo e inclusivo.
A terceira edição do Prêmio Engenho Mulher homenageou Gina Vieira, Joice Marques e Rosane Garcia por suas iniciativas sociais que promovem a equidade de gênero e a valorização da cultura negra. O evento, realizado no Museu de Arte de Brasília, destacou o impacto positivo dessas mulheres em suas comunidades.
Cerca de 27 meninos e homens são vítimas de estupro diariamente no Brasil, mas a subnotificação é alarmante devido à cultura que minimiza essa violência. Especialistas destacam a urgência de discutir e prevenir esses abusos.
Mulheres estão redefinindo o atletismo, com Tara Dower quebrando o recorde da Trilha dos Apalaches e Audrey Jimenez se destacando na luta livre, desafiando estereótipos de resistência e força.
Mais de 100 pessoas assinaram um manifesto contra a decisão do ICMBio e da Funai, que mantém os Guarani Mbya em uma reserva biológica no Paraná. O Fórum de Povos Tradicionais de Guaraqueçaba repudiou a medida, destacando a fragilidade da proteção ambiental.
O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) lançou a Deb, uma inteligência artificial brasileira dedicada ao letramento racial, com o objetivo de impactar 100 mil educadores até 2026. Desenvolvida por especialistas negros e indígenas, a Deb oferece suporte a instituições na promoção da diversidade e inclusão, atuando em ambientes corporativos e educacionais. Desde seu lançamento, já trocou mais de 58 mil mensagens e se destaca em campanhas como "Respeito Sim" e "Escolas Sim".
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou Jair Bolsonaro por falta de obras em Pernambuco e anunciou a ampliação do bombeamento no eixo norte da transposição do rio São Francisco, beneficiando 237 municípios. A obra, com investimento de R$ 491,3 milhões, visa garantir que a água chegue às casas de 8,1 milhões de pessoas em quatro estados nordestinos.