Internações por choque anafilático no Brasil dobraram na última década, com aumento de 42,1% nas consultas a alergistas entre 2019 e 2022. Novas terapias de dessensibilização oral mostram resultados promissores.
Alergias, tanto respiratórias quanto alimentares, são um problema crescente em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 40% da população global sofra de algum tipo de alergia. No Brasil, a situação é alarmante: o número de internações por choque anafilático dobrou na última década, com um total de 1.143 casos registrados em 2024, um aumento de 107% em relação a 2015. Além disso, as consultas a alergistas e imunologistas cresceram 42,1% entre 2019 e 2022, alcançando três milhões de atendimentos na rede privada.
Lucila Camargo Lopes de Oliveira, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), aponta que cerca de 4% da população brasileira vive com alergia alimentar, enquanto 30% sofrem de alergias respiratórias. Essas condições podem se interligar, já que o sistema imunológico que causa as reações alérgicas é o mesmo, independentemente do agente. Fatores como alimentação ultraprocessada, poluição e mudanças climáticas estão contribuindo para o aumento das alergias, criando lesões nas mucosas que recebem alérgenos.
A alergista Carolina Aranda, do Grupo Fleury, destaca que a prevalência de reações alérgicas a alimentos, como castanhas e frutas, está aumentando. Práticas como parto cesárea, uso excessivo de antibióticos na infância e a falta de contato com a natureza também elevam o risco de desenvolvimento de alergias. Estudos mostram que crianças que convivem com animais têm menor probabilidade de desenvolver alergias alimentares.
O problema não é exclusivo do Brasil. No Reino Unido, admissões hospitalares por anafilaxia alimentar triplicaram entre 1998 e 2018. Uma revisão de estudos na Itália revelou um aumento na prevalência da rinite alérgica em crianças, passando de 8% para 20% entre 2016 e 2022. A pesquisadora Theresa MacPhail observa que as mudanças no estilo de vida não foram acompanhadas pela evolução do sistema imunológico humano, que ainda reage de forma exagerada a alérgenos.
Apesar do aumento das alergias, a medicina avança em tratamentos. A terapia de dessensibilização oral, que tem mostrado resultados positivos em adultos, envolve a ingestão gradual de alimentos alergênicos. Um estudo do King's College London revelou que 67% dos participantes conseguiram consumir amendoins sem reações adversas após o tratamento. Embora a dessensibilização tenha riscos, novas abordagens, como adesivos e injeções, estão sendo desenvolvidas para melhorar a segurança dos pacientes.
Os especialistas ressaltam que, embora as alergias alimentares possam impactar significativamente a qualidade de vida, há esperança com os novos tratamentos. A conscientização sobre a importância do convívio com a natureza e práticas saudáveis pode ajudar a reduzir a incidência de alergias. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo iniciativas que apoiem a pesquisa e o tratamento de alergias, beneficiando aqueles que mais precisam.
No dia 10 de junho, o Shopping Boulevard em Vila Isabel oferecerá vacinação gratuita contra a gripe e a Covid-19, das 10h às 16h, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A imunização é destinada a pessoas a partir de 9 anos para a gripe e maiores de 70 anos para a Covid-19. É necessário apresentar documento de identidade com foto e carteira de vacinação. A ação visa facilitar o acesso à imunização em um local de grande circulação.
O Distrito Federal enfrenta uma grave crise na doação de órgãos, com a taxa de recusa familiar alcançando 61% em 2024, resultando em apenas 45 doações e um aumento de 20% na fila de espera para transplantes. A Secretaria de Saúde busca reverter essa situação com campanhas de conscientização.
Cerca de um terço dos brasileiros acima de 35 anos apresenta gordura no fígado, segundo estudo da UFMG, UFRGS e USP, destacando a importância de hábitos saudáveis para a reversibilidade da condição.
Pesquisadores da Universidade do Alabama identificam golpes na cabeça e agrotóxicos como fatores de risco modificáveis para a doença de Parkinson. O estudo, que analisou 1.223 voluntários, revela que esses fatores podem prevenir até um terço dos casos diagnosticados. A pesquisa destaca a importância de eliminar produtos químicos tóxicos e tornar esportes de contato mais seguros para reduzir diagnósticos da doença.
Mês de Conscientização da Doença de Parkinson destaca avanços na Estimulação Cerebral Profunda, que melhora a qualidade de vida de pacientes e reduz a dependência de medicamentos.
Estudo da USP revela que bolachas recheadas podem reduzir em até 40 minutos a expectativa de vida saudável, enquanto bananas podem adicionar 8 minutos. Pesquisa destaca a importância de hábitos alimentares na saúde.