Especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce do câncer para melhorar prognósticos e reduzir custos, propondo atualizações nos protocolos de rastreio e uso de inteligência artificial em áreas remotas.
O diagnóstico precoce do câncer é essencial para melhorar os prognósticos e reduzir os custos de tratamento, especialmente em estágios iniciais. Durante o evento “Retratos do Câncer”, especialistas destacaram que o custo do tratamento para câncer em estágio 1 é quinze vezes menor do que em estágios mais avançados. O diretor médico do A.C. Camargo Câncer Center, Antônio Antonietto, informou que o tratamento inicial custa cerca de R$ 40 mil, enquanto o tratamento em estágios 3 ou 4 pode chegar a R$ 600 mil, com resultados menos eficazes.
Um dos principais desafios para o diagnóstico precoce é a redução do tabu em relação a exames como o de próstata e os colorretais. O câncer de próstata é o mais comum entre homens, enquanto o câncer colorretal é o segundo mais frequente entre homens e mulheres. Luisa Lina Villa, chefe do Laboratório de Inovação em Câncer do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ressaltou a importância da informação no combate ao câncer, citando o aumento de casos de câncer de pulmão entre mulheres devido ao tabagismo.
Angélica Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), alertou sobre o impacto crescente do câncer entre jovens, que muitas vezes não estão cientes dos riscos e não são incluídos nos exames de rastreio. Recentemente, a morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, ressaltou a importância da colonoscopia para a detecção precoce do câncer colorretal, resultando em um aumento de 57% nas buscas por esse exame no Google.
Atualmente, a mamografia é recomendada para mulheres a partir dos 50 anos no Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, com o aumento de casos em mulheres na faixa dos 40 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia já sugere que o exame seja realizado a partir dos 40. Essa atualização é crucial, pois os dados sobre a incidência de câncer estão mudando rapidamente.
Para enfrentar esses desafios, o governo federal planeja utilizar inteligência artificial para acelerar diagnósticos, especialmente em áreas remotas com acesso limitado a especialistas. Antonietto mencionou que, em parceria com o A.C. Camargo, estão sendo instalados scanners em várias regiões do Brasil para facilitar a leitura de lâminas de exames.
Essas iniciativas são fundamentais para melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer. A mobilização da sociedade pode ser decisiva para apoiar projetos que visem a prevenção e o diagnóstico precoce, garantindo que mais pessoas tenham acesso a cuidados adequados e, assim, aumentando as chances de um tratamento eficaz.
Polipílula desenvolvida no Brasil promete prevenir AVC ao combinar três medicamentos. O estudo PROMOTE, do Hospital Moinhos de Vento e Ministério da Saúde, mostra redução significativa da pressão arterial e colesterol em pacientes de risco moderado.
O Rio de Janeiro enfrenta um aumento de 164% nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, com ênfase no rinovírus e no vírus sincicial respiratório, afetando crianças e idosos. Especialistas alertam para a necessidade de vacinação e uso de máscaras para conter a propagação.
A anemia, especialmente a causada pela deficiência de ferro, afeta milhões globalmente, com sintomas como falhas de memória e "nevoeiro" mental. O tratamento pode ser oral ou intravenoso, dependendo da gravidade.
Preta Gil, diagnosticada com câncer no intestino, recebe apoio de amigos em Nova Iorque enquanto se prepara para tratamento experimental fora do Brasil. Ela busca retomar sua vida e carreira após recidiva da doença.
Estudo sul-coreano revela que níveis adequados de colesterol LDL, especialmente com estatinas, podem reduzir o risco de demência. Pesquisadores destacam efeitos neuroprotetores desses medicamentos.
Pesquisas do professor Marcelo Urbano Ferreira, da USP, mostram que a malária em áreas urbanas da Amazônia é majoritariamente assintomática, dificultando o controle da doença. Métodos moleculares revelam até dez vezes mais infecções.