Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, com aumento de 200% desde 2019. Alexandre Coimbra Amaral critica a visão simplista que culpa as telas e destaca desigualdade e precarização do trabalho como causas centrais.

O Brasil é o país com a maior prevalência de transtornos de ansiedade no mundo, com um aumento de mais de 200% nos casos de Transtorno de Ansiedade Generalizada entre 2019 e 2023, conforme dados do Ministério da Saúde. Alexandre Coimbra Amaral, psicólogo e autor do livro Toda Ansiedade Merece um Abraço, critica a visão que atribui a ansiedade apenas ao uso excessivo de telas. Ele argumenta que fatores sociais, como desigualdade e precarização do trabalho, são as verdadeiras causas desse problema de saúde pública.
Durante uma entrevista no podcast Pauta Pública, Amaral destacou que a ansiedade no Brasil não pode ser vista apenas como um sintoma individual, mas como um reflexo de uma realidade social complexa. Ele afirma que muitos brasileiros vivem com a incerteza sobre suas condições de vida, como a falta de dinheiro para alimentação e a insegurança no trabalho. Essa situação gera um estado constante de ansiedade, que vai além do que pode ser tratado apenas com terapia ou medicamentos.
Amaral enfatiza que a saúde mental deve ser discutida em um contexto mais amplo, envolvendo políticas públicas que abordem questões como saneamento básico, emprego e desigualdade social. Ele compara a ansiedade a uma goteira que, ao longo do tempo, enche um balde até que ele transborde, simbolizando o acúmulo de estresse e pressão que muitos enfrentam diariamente. Essa perspectiva amplia a compreensão sobre a saúde mental, mostrando que é um problema coletivo e não apenas individual.
O psicólogo também propõe um novo olhar sobre a ansiedade, sugerindo que ela deve ser acolhida como uma emoção natural. Amaral defende que, em vez de tentar controlar a ansiedade, as pessoas devem aprender a dialogar com ela. Essa abordagem contrasta com a tendência atual de tratar a ansiedade de forma individualista, onde a solução é buscar práticas isoladas, como mindfulness ou yoga, sem considerar o contexto social que contribui para o sofrimento.
Amaral observa que a sociedade contemporânea vive uma "ressaca da modernidade", onde a frustração com os desejos coletivos se transforma em um individualismo exacerbado. Ele critica a ideologia que responsabiliza o indivíduo pelo seu sucesso, o que resulta em um isolamento emocional e social. Essa dinâmica é explorada por grupos políticos que utilizam o medo como ferramenta de controle, criando um ambiente propício para a disseminação de ideologias extremistas.
Em um cenário onde a ansiedade é uma característica cultural, Amaral sugere que a solução deve ser coletiva. A união da sociedade pode ser fundamental para enfrentar os desafios impostos pela desigualdade e pela precarização do trabalho. Projetos que promovem o acolhimento e a saúde mental são essenciais e merecem apoio. A mobilização da sociedade civil pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam a ansiedade e suas consequências.

Um estudo internacional indica que um programa de exercícios pode reduzir em um terço o risco de morte em pacientes com câncer colorretal. Especialistas acreditam que isso pode transformar o tratamento da doença.

A Fundação Hemocentro de Brasília enfrenta uma queda alarmante nas doações de sangue, com média de 121 diárias, 33% abaixo do necessário. Coleta externa em 14 de agosto visa reverter a situação crítica.

A cantora gospel Sabrina Sá compartilhou comovente relato sobre seu diagnóstico de câncer de mama e início da quimioterapia, ressaltando a importância da prevenção e do apoio emocional. Ela enfatizou a necessidade de cuidados com a saúde, especialmente entre mulheres jovens, e expressou confiança na cura através da fé.

Um ensaio clínico revelou que a autocoleta de amostras vaginais aumentou a participação no rastreamento do câncer cervical entre populações vulneráveis, alcançando até 46,6% com apoio ao paciente. Essa abordagem pode reverter a queda nas taxas de rastreamento, crucial para a eliminação do câncer cervical nos EUA.

Após a repercussão do uso de sensores de glicose por crianças, um Projeto de Lei no Senado busca garantir a oferta gratuita desses dispositivos no SUS, visando reduzir desigualdades de acesso. A proposta pode transformar o tratamento da diabetes tipo 1 no Brasil.

Ministério da Saúde inaugura nova sede do DSEI Alto Rio Solimões em Tabatinga (AM), com investimento de R$ 2,44 milhões, beneficiando mais de 73 mil indígenas de sete etnias.