Banco de cérebros da USP, com mais de 5 mil encéfalos, revela novas descobertas sobre demência no Brasil, destacando a prevalência de demência vascular e a influência de fatores genéticos e ambientais. A pesquisa, liderada pela médica geriatra Claudia Suemoto, busca entender as causas e características da demência, com foco em populações de baixa escolaridade e em idosos.
A demência, especialmente a doença de Alzheimer, é uma preocupação crescente no Brasil, conforme revelam novas descobertas do banco de cérebros da Universidade de São Paulo (USP). Com mais de cinco mil encéfalos, o biobanco, liderado pela médica geriatra Claudia Suemoto, tem investigado as causas e características da demência no país. Entre os achados, destaca-se a prevalência de demência vascular e a influência de fatores genéticos e ambientais na condição.
Recentemente, o biobanco recebeu um financiamento internacional de U$ 1,2 milhão (R$ 6,8 milhões) para expandir suas pesquisas, incluindo a análise de causas genéticas da demência. Outro projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), visa estudar cérebros de pessoas com mais de noventa anos, buscando entender os fatores que desencadeiam os sintomas da demência e aqueles que podem proteger a cognição.
Claudia Suemoto, que possui formação em Medicina pela USP e doutorado na mesma instituição, enfatiza que a demência, especialmente entre idosos, frequentemente resulta de múltiplas causas. Isso complica a eficácia de tratamentos que visam uma única terapia. A especialista também menciona que a demência vascular é uma causa significativa no Brasil, representando cerca de cinquenta por cento dos casos, enquanto a doença de Alzheimer é responsável por quarenta por cento.
As pesquisas do biobanco revelaram que a baixa escolaridade é um fator de risco importante para a demência no Brasil. A média de escolaridade entre os doadores é de apenas quatro anos, e a pesquisa indica que mesmo quatro anos de estudo podem oferecer alguma proteção contra a condição. Além disso, a diversidade étnica dos doadores, com trinta e um por cento identificados como pretos ou pardos, proporciona uma visão única sobre as características da demência na população brasileira.
Um aspecto inovador das pesquisas é a identificação precoce de depósitos de proteínas relacionadas à doença de Alzheimer em cérebros de pessoas jovens. Isso sugere a necessidade de estratégias de prevenção mais eficazes. A pesquisa também está explorando a relação entre alterações de sono e depressão em idosos, que podem ser sinais precoces de demência, indicando a importância de diagnósticos mais precisos.
Com o aumento da população idosa no Brasil, a demência se tornará uma questão de saúde pública ainda mais relevante. O avanço nas pesquisas é promissor, mas ainda há muitas perguntas sem resposta. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem entender e combater essa condição, ajudando a promover um envelhecimento saudável e a melhorar a qualidade de vida dos afetados.
A Iniciativa FIS e a Associação Comercial do Rio de Janeiro promovem coleta de sangue no Hemorio nesta segunda-feira, 21, devido à queda de 30% nas doações em julho. O filósofo Renato Noguera lançará seu novo livro na Flip em Paraty.
A microbiota intestinal impacta emoções e saúde mental, ligando-se a transtornos. Estudos mostram que desequilíbrios na microbiota podem levar a problemas como depressão e ansiedade.
A aroeira, ou pimenta-rosa, é uma planta brasileira com propriedades medicinais e culinárias, destacando-se por benefícios como ação antioxidante, auxílio digestivo e prevenção de doenças neurodegenerativas. Estudos recentes reforçam seu potencial terapêutico, mas seu uso deve ser orientado por profissionais de saúde.
Pesquisadores da Uece e UFABC revelam que exercícios combinados melhoram a saúde de mulheres pós-menopausa com diabetes tipo 2. A metanálise destaca a importância de políticas públicas para promover a atividade física e prevenir complicações.
A Anvisa autorizou testes clínicos da vacina contra a gripe aviária do Instituto Butantan, que poderá produzir 30 milhões de doses. A pesquisa envolve 700 voluntários e visa preparar o Brasil para possíveis pandemias.
A Anvisa aprovou o medicamento omaveloxolona, primeiro tratamento específico para a ataxia de Friedreich no Brasil, prometendo retardar a progressão da doença e melhorar a autonomia dos pacientes. A farmacêutica Biogen comercializará o remédio, que já demonstrou eficácia em estudos clínicos, mas ainda não há dados sobre seu impacto na expectativa de vida. O diagnóstico da doença é frequentemente tardio, e a nova terapia traz esperança para muitos, embora o acesso a tratamentos especializados no país permaneça limitado.